A médica Nádia Tamyres, presa após matar a tiros o ex-marido, o também médico Alan Carlos de Lima, passará por audiência de custódia na tarde desta segunda-feira (17), no Fórum Jairon Maia Fernandes, no bairro Barro Duro, em Maceió. Caberá ao Judiciário decidir se a prisão em flagrante será convertida em preventiva ou se ela poderá responder ao processo em liberdade.

A defesa da médica já adiantou a tese que será apresentada. O advogado Luiz Lessa afirmou que o crime teria sido um ato de proteção.

Segundo ele, o homicídio “foi um revide”, resultado de anos de violência que, de acordo com a defesa, Nádia teria sofrido.

“Esse crime tem um contexto. Ele não começou ontem, vem de vários anos de violência sofrida pela Dra. Nádia. Tiveram uma filha, que inclusive faz parte desse contexto. Há uma acusação envolvendo estupro de vulnerável, algo que corre em segredo de justiça”, disse Lessa em entrevista ao Fique Alerta, da TV Pajuçara.

O advogado afirmou ainda que a cliente era perseguida pelo ex-marido e possuía porte de arma regularizado justamente por temer novas agressões.

“O senhor Alan tinha uma medida protetiva, não poderia chegar perto. Já havia um contexto de perseguição, de violência doméstica e até mesmo contra a criança. A Dra. Nádia portava a arma para se proteger de uma eventual violência praticada pela vítima”, completou.

A audiência de custódia definirá os próximos passos do processo, que segue sob segredo de justiça.