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Galípolo destaca necessidade de ações para um futuro diferente diante da história do Brasil

Presidente do Banco Central ressalta importância de reconhecer o passado escravocrata do País e de promover diversidade institucional

17/11/2025
Galípolo destaca necessidade de ações para um futuro diferente diante da história do Brasil
Galípolo destaca necessidade de ações para um futuro diferente diante da história do Brasil - Foto: Reprodução

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou nesta segunda-feira, 17, que o Brasil recebeu entre 35% e 40% das pessoas retiradas de forma violenta da África e escravizadas. “Eram vistos como fator de produção, não como gente, pedaço da sociedade, ser humano”, destacou.

A declaração foi feita durante o Fórum Internacional de Equidade Racial Empresarial, promovido pela Iniciativa Empresarial pela Igualdade Racial, na sede da Fiesp.

Galípolo ressaltou que, historicamente, as escolas brasileiras apresentaram uma narrativa eurocêntrica, tratando o País como extensão de um sistema econômico voltado para atender demandas externas, e não as próprias necessidades nacionais. Para ele, compreender a história é fundamental para adotar medidas que possam transformar o futuro.

O presidente do BC também destacou avanços internos, como a inclusão de critérios de representatividade nos concursos da instituição. “Criamos, em junho deste ano, o primeiro grupo interdepartamental para pensar políticas de diversidade”, afirmou. Ele lembrou ainda que, em 2023, o Banco Central nomeou seu primeiro diretor negro, Ailton de Aquino Santos.

Galípolo elogiou o trabalho de Ailton, que lidera o Departamento de Fiscalização. “Vocês não sabem como é importante ter um cara como o Ailton ao seu lado. Não assuma a presidência do Banco Central sem o Ailton ao seu lado. Não aceite esse convite”, brincou, ressaltando o apoio e as alternativas trazidas por Ailton à gestão.

Na ocasião, Galípolo não comentou sobre a política monetária.