Geral
Maior porta-aviões dos EUA entra no Caribe em meio a tensão com a Venezuela
USS Gerald R. Ford reforça operação militar dos Estados Unidos na região, ampliando pressão sobre o governo Maduro e gerando reações em países vizinhos
O porta-aviões USS Gerald R. Ford, considerado o mais avançado da Marinha dos Estados Unidos, entrou neste domingo, 16, no mar do Caribe, intensificando a presença militar norte-americana próximo à Venezuela em meio à operação do governo Donald Trump contra embarcações suspeitas de transportar drogas.
De acordo com a Marinha, o Ford e seus navios de escolta cruzaram pela manhã a Passagem de Anegada, próxima às Ilhas Virgens Britânicas.
A movimentação amplia o alcance da Operação Southern Spear, que desde setembro realizou 20 ataques contra pequenas embarcações no Caribe e no Pacífico Leste, resultando em pelo menos 80 mortos.
O governo norte-americano, no entanto, não apresentou evidências para sustentar a acusação de que os alvos seriam "narcoterroristas".
Com a chegada do porta-aviões, a missão passa a contar com quase uma dezena de navios e cerca de 12 mil militares, entre marinheiros e fuzileiros navais.
O grupo de ataque inclui caças, destróieres e aeronaves de apoio. Segundo o comandante da força-tarefa, contra-almirante Paul Lanzilotta, o reforço busca "proteger a segurança e a prosperidade do Hemisfério Ocidental contra ameaças transnacionais".
O almirante Alvin Holsey, responsável pelas operações militares dos EUA no Caribe e na América Latina, afirmou que as forças americanas "estão prontas para enfrentar ameaças que tentam desestabilizar a região". Holsey deixará o comando no próximo mês, após um ano na função.
Em Trinidad e Tobago, país localizado a 11 quilômetros da costa venezuelana em seu ponto mais próximo, o governo informou que militares locais iniciaram novos exercícios conjuntos com tropas dos EUA.
O ministro das Relações Exteriores, Sean Sobers, informou que esta é a segunda atividade em menos de um mês, voltada ao combate ao crime organizado. O primeiro-ministro do país tem apoiado publicamente as ações americanas.
O governo de Nicolás Maduro classificou os exercícios como "ato de agressão", mas não comentou oficialmente a chegada do porta-aviões. Maduro enfrenta acusações de narcoterrorismo nos Estados Unidos e afirma que Washington "fabrica" um conflito contra sua administração. Na semana passada, a Venezuela anunciou a mobilização ampliada de tropas e civis diante da possibilidade de ações militares americanas.
A chegada do Ford reacendeu dúvidas sobre o escopo da operação. O presidente Trump declarou que pretende "parar as drogas que entram por terra", sinalizando possível expansão das ações. No Congresso, parlamentares republicanos e democratas cobram esclarecimentos sobre a base legal dos ataques, mas uma proposta para limitar a autoridade do presidente foi rejeitada pela maioria republicana.
Especialistas divergem sobre a possibilidade de caças americanos realizarem ataques dentro da Venezuela. Para analistas, independentemente dessa hipótese, a presença do porta-aviões já altera o cenário regional. "Este é o núcleo do que significa ter poder militar dos EUA novamente na América Latina", afirma Elizabeth Dickinson, do International Crisis Group. "E isso elevou tensões na Venezuela e em toda a região." Fonte: Associated Press
*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela redação do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado
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