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Alagoas, o solo fértil da República: três presidentes em terras alagoanas
Alagoas carrega um legado político singular no Brasil: é o berço de três presidentes que moldaram momentos decisivos da trajetória republicana. Esse protagonismo tornou o estado um símbolo vivo da história nacional, unindo passado militar, crises institucionais e a ascensão política civil.
No limiar da República, foi o alagoano Manuel Deodoro da Fonseca quem liderou o movimento militar que derrubou a Monarquia em 1889 e se tornou o primeiro presidente provisório do Brasil. Seu prestígio entre os militares foi fundamental para dar corpo ao jovem regime.
Logo em seguida, Floriano Peixoto, também alagoano, assumiu a presidência com mão firme, consolidando a República nascente por meio da repressão a revoltas e da imposição da ordem.
Passaram-se décadas, regimes autoritários, instabilidades e retomadas democráticas — até que, em 1989, Fernando Collor de Mello, natural de Alagoas, foi eleito presidente pelo voto direto em uma era de redemocratização. Essa trajetória mostra não apenas a importância histórica dos militares alagoanos, mas também a força política civil emergente.
Especialistas reforçam que essa tríade de líderes evidencia como Alagoas — apesar do tamanho — já chorou protagonismo no tabuleiro nacional. Segundo o professor Robson Williams Barbosa, da Universidade Federal de Alagoas, Deodoro e Floriano “representam duas figuras centrais” da República, que saíram da província para atuar no Rio de Janeiro, então sede federal.
Além disso, a cidade de Marechal Deodoro, onde nasceu o marechal homônimo, é celebrada anualmente: no dia 15 de novembro, data da Proclamação da República, o governo estadual transfere simbolicamente sua sede para lá, como homenagem histórica.
Esse legado reforça o papel simbólico e real de Alagoas no Brasil: não apenas como formadora de presidentes, mas como palco de momentos cruciais de transformação institucional. A influência alagoana se estende por mais de um século, unindo o passado militar da República às complexidades da política democrática moderna.
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