Geral
Presidente da COP destaca avanço de países em desenvolvimento na agenda de ação climática
André Corrêa do Lago aponta engajamento positivo de nações emergentes, mas ressalta impasse sobre recursos financeiros dos países ricos
O presidente da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), André Corrêa do Lago, afirmou neste sábado (15) que observa um movimento favorável entre os países em desenvolvimento em relação à agenda de ação da Conferência. Segundo ele, a mobilização envolve ações climáticas voluntárias de diversos setores da sociedade civil, empresas, investidores, cidades, estados e países, com o objetivo de intensificar a redução das emissões de gases de efeito estufa.
No entanto, Corrêa do Lago destacou que a previsão de recursos financeiros dos países desenvolvidos para apoiar as nações em desenvolvimento ainda não foi incluída oficialmente na pauta. O embaixador adiantou que novidades sobre as negociações devem ser divulgadas até o início da noite deste sábado.
Ao ser questionado sobre a segurança do evento, Corrêa do Lago garantiu que "as coisas estão andando tranquilamente". Conforme noticiado pelo Estadão, a ONU chegou a enviar uma carta ao governo brasileiro após mobilizações promovidas por movimentos sociais.
O plano de ação da COP30 está estruturado em seis eixos considerados essenciais para ampliar e acelerar os esforços globais: transição energética, indústria e transporte; preservação de florestas; oceanos e biodiversidade; transformação da agricultura e dos sistemas alimentares; construção de resiliência para cidades, infraestrutura e recursos hídricos; promoção do desenvolvimento humano e social, além de facilitadores e aceleradores transversais.
Os grupos negociadores trabalham para fechar os textos que serão submetidos, na próxima semana, a ministros de primeiro escalão designados pelos governos de cada país, para posterior negociação. Na sexta-feira, com a adesão de 35 países, organizações internacionais e representantes do setor privado, foi lançada a Declaração de Belém para a Industrialização Verde.
O documento estabelece metas ambientais, econômicas e sociais com o objetivo de, segundo o texto, "transformar o cenário internacional, impulsionar a inovação tecnológica e garantir um modelo de crescimento sustentável". A declaração também destaca a modernização do setor industrial e aponta novas oportunidades para países em desenvolvimento na economia verde.
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