O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta sexta-feira que solicitará ao Departamento de Justiça (DoJ) uma investigação sobre os supostos vínculos de Jeffrey Epstein com grandes instituições financeiras e importantes figuras do Partido Democrata, incluindo o ex-presidente Bill Clinton.

A iniciativa de Trump ocorre após a divulgação, por um comitê do Congresso, de milhares de documentos relacionados ao caso, o que reacendeu questionamentos sobre a própria relação do republicano com Epstein.

Em publicações na Truth Social, Trump afirmou que pedirá à procuradora-geral Pam Bondi, ao DoJ e ao FBI que apurem as conexões de Epstein com Clinton, o ex-secretário do Tesouro Larry Summers, o cofundador do LinkedIn e apoiador democrata Reid Hoffman, o banco JPMorgan Chase, "e muitas outras pessoas e instituições". Segundo Trump, o objetivo é "determinar o que estava acontecendo com eles, e com ele".

Em resposta à agência Reuters, o JPMorgan declarou lamentar qualquer associação ao caso Epstein e negou ter auxiliado o financista a "cometer seus atos horríveis". O banco ressaltou ainda que encerrou sua relação com Epstein anos antes de sua prisão por acusações de tráfico sexual.

Trump também acusou os democratas de usarem o caso para desviar a atenção do "desastroso SHUTDOWN". Segundo ele, a oposição estaria "fazendo tudo em seu poder decadente" para reacender o tema, mesmo após o DoJ divulgar 50 mil páginas de documentos. O republicano concluiu afirmando que Epstein "era um democrata, e é problema dos democratas".