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Irã rebate acusações do G7 sobre conflito na Ucrânia e critica retomada de sanções
Teerã nega envolvimento no conflito ucraniano e classifica como abuso a reativação de sanções internacionais, após apelos do G7 à ONU.
O governo do Irã rejeitou nesta quinta-feira (13) as acusações feitas pelos países do G7 sobre suposta interferência no conflito na Ucrânia. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Ismail Baghaei, também criticou o pedido dos chanceleres do grupo para que a ONU cumpra suas "obrigações" após a reativação das sanções contra Teerã.
O G7, formado por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, alega que a Rússia estaria utilizando drones iranianos na guerra na Ucrânia. Tanto Teerã quanto Moscou negam categoricamente essas acusações, classificando-as como infundadas.
"Rejeitando as repetidas e irresponsáveis declarações do G7 contra o Irã, relacionadas ao conflito na Ucrânia, Baghaei lembrou a posição de princípio da República Islâmica do Irã sobre o tema, baseada na discordância com o conflito e na necessidade de sua resolução por meio do diálogo diplomático e das negociações entre as partes", informou o Ministério das Relações Exteriores iraniano em comunicado.
Baghaei também afirmou que as medidas para restaurar sanções contra o Irã representam "abuso do mecanismo de resolução de disputas do acordo nuclear".
Mais cedo, após reunião no Canadá, os chanceleres do G7 pediram que todos os membros da Organização das Nações Unidas (ONU) cumpram suas "obrigações" diante da retomada das medidas restritivas internacionais contra o Irã.
No final de setembro, foram restauradas as resoluções do Conselho de Segurança da ONU que haviam sido revogadas pelo acordo nuclear de 2015, restabelecendo sanções contra o Irã. A ativação do mecanismo de retomada das sanções foi liderada por França, Reino Unido e Alemanha.
Rússia e Irã não reconhecem a legalidade dessas ações, argumentando que os países europeus violaram o acordo nuclear de 2015, que suspendia as sanções, além da retirada dos Estados Unidos do pacto. O Irã pediu aos demais países que não implementem as resoluções.
As restrições restabelecidas incluem a proibição de fornecimento ao Irã de tecnologias e materiais ligados à atividade nuclear, a transferência de armamentos convencionais pesados e tecnologias para produção de mísseis balísticos, além do congelamento de ativos iranianos no exterior.
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