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Safra de soja deve bater novo recorde em 2026, projeta IBGE
Primeiro prognóstico do IBGE aponta recuperação expressiva no Rio Grande do Sul e leve alta nacional, apesar de queda geral na produção agrícola devido à base de comparação elevada em 2025.
O Brasil deverá colher um volume recorde de soja em 2026, segundo o primeiro Prognóstico da Produção Agrícola divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “É recuperação da soja em 2026 no Rio Grande do Sul”, explicou Carlos Alfredo Guedes, gerente de Agricultura do IBGE. Apesar de 2025 ter sido positivo para a maioria dos estados, o Rio Grande do Sul ainda registrou perdas na última safra.
Além da confirmação da recuperação gaúcha, Guedes ressalta a necessidade de acompanhar a evolução do plantio e da produtividade no Centro-Oeste. O clima favoreceu o início do cultivo, antecipando o plantio em algumas regiões. No entanto, a falta de chuvas posterior reduziu o ritmo dos trabalhos e exigiu o replantio em algumas áreas do Mato Grosso.
“As condições climáticas estão boas para o Rio Grande do Sul, mas não tão favoráveis para o Centro-Oeste. A expectativa é que as chuvas retornem à região”, afirmou Guedes.
A primeira estimativa para 2026 indica alta de 1,1% na safra de soja em relação a 2025, totalizando 167,7 milhões de toneladas. O rendimento médio deve crescer 0,8%, com avanço de 0,3% na área plantada.
Para a safra agrícola brasileira como um todo, a projeção é de 332,7 milhões de toneladas em 2026, o que representa queda de 3,7% frente a 2025 — uma redução de 12,9 milhões de toneladas. O principal motivo para esse recuo é a base de comparação elevada, já que 2025 deve registrar colheita recorde, segundo Guedes.
A retração na produção global será puxada principalmente pelo milho, cuja estimativa aponta queda de 9,3% em relação a 2025 (menos 13,2 milhões de toneladas). Também são esperadas reduções nas safras de sorgo (-11,6% ou -604,4 mil toneladas), arroz (-6,5% ou -815 mil toneladas), algodão herbáceo em caroço (-4,8% ou -466,9 mil toneladas), trigo (-3,7% ou -294,8 mil toneladas), feijão (-1,3% ou -38,6 mil toneladas) e amendoim em casca (-2,1% ou -25,5 mil toneladas).
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