O ouro encerrou a sessão desta sexta-feira, 7, em alta, retornando ao patamar de US$ 4 mil no fechamento. O metal precioso se valorizou em meio à queda no apetite por risco, enquanto o mercado renova expectativas por uma política monetária mais flexível nos Estados Unidos.

Na Comex, divisão de metais da Bolsa de Nova York (Nymex), o ouro para dezembro fechou com alta de 0,47%, a US$ 4.009,8 por onça-troy, acumulando ganho de 0,33% na semana. A prata subiu 0,40%, a US$ 48,143 por onça-troy, mas registrou leve queda semanal de 0,04%.

O metal oscilou durante a manhã, mas firmou alta no início da tarde. Com a queda dos índices acionários em Nova York, diante de temores de sobrevalorização, investidores buscaram ativos de segurança. Dados que apontaram um elevado número de demissões em outubro nos EUA também reforçaram as estimativas de novos cortes de juros, segundo o FedWatch, do CME Group.

De acordo com o Commerzbank, o preço do ouro deve operar lateralmente por ora. "Embora as tensões na política comercial tenham diminuído, os conflitos não estão resolvidos. Portanto, é provável que o ouro continue em alta demanda como ativo de refúgio", avaliam os analistas. O estrategista da Exness, Christopher Tahir, destaca o risco de shutdown do governo dos EUA como um fator que pode pesar sobre o sentimento dos mercados, direcionando a demanda para investimentos de segurança.

Para o BMI, o ouro deve manter viés positivo nas próximas semanas, mas dificilmente voltará a bater recordes sem uma escalada inesperada nas tensões comerciais entre China e Estados Unidos.

Com informações de Dow Jones Newswires