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Desemprego segue como principal causa do endividamento em São Paulo, aponta Serasa

Levantamento revela que 20% dos paulistas citam a falta de trabalho como maior obstáculo para manter as contas em dia; gastos emergenciais e redução de renda também impactam o orçamento das famílias.

06/11/2025
Desemprego segue como principal causa do endividamento em São Paulo, aponta Serasa
- Foto: Reprodução

O desemprego permanece como o principal fator para o endividamento da população em São Paulo, conforme levantamento realizado pela Serasa em parceria com o Instituto Opinion Box. Entre os entrevistados, 20% apontam a ausência de trabalho como o maior desafio para o equilíbrio financeiro das famílias. Em seguida, aparecem os gastos emergenciais (17%) e a redução de renda (13%).

O estudo destaca que o cartão de crédito pode ser um aliado ao possibilitar o parcelamento de compras essenciais, mas também representa um risco ao orçamento. Para 49% dos consumidores paulistas, as principais dívidas no cartão de crédito são decorrentes de compras em supermercados; já 40% apontam gastos com roupas, calçados e eletrodomésticos.

"A queda no desemprego traz esperança e novas oportunidades, mas o desafio agora é transformar essa renda em estabilidade financeira. Após um período de perda de poder de compra, é fundamental que o consumidor aproveite esse momento para reorganizar o orçamento e evitar o acúmulo de dívidas", orienta Patrícia Camillo, especialista em educação financeira do Serasa.

O levantamento revela ainda que 9% dos paulistas não conseguiram pagar contas básicas, como luz, água ou gás. Para 85% desses consumidores, esses custos podem chegar a até R$ 750 mensais. De acordo com a Serasa, 88% dos endividados afirmam ter reduzido o consumo devido ao aumento dessas despesas, sendo que 44% cortaram até 10% dos gastos e 26% diminuíram entre 11% e 20%.

Atualmente, São Paulo contabiliza mais de 18,6 milhões de inadimplentes e mais de 88,3 milhões de débitos ativos, atingindo o maior volume desde 2020. Desses, 56% são considerados endividados reincidentes, o que representa uma queda de 4 pontos percentuais em relação a 2024.

A pesquisa foi conduzida pelo Instituto Opinion Box entre 9 e 24 de setembro de 2025, com 11.375 entrevistas online realizadas em todo o Brasil. A margem de erro é de 0,9 ponto percentual.