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BB enfrenta desafio para demonstrar valor de sua governança aos acionistas, afirma secretário-executivo

Rodrigo Gurgel destaca que natureza jurídica do Banco do Brasil influencia percepção do mercado, apesar de reconhecida estrutura de governança

06/11/2025
BB enfrenta desafio para demonstrar valor de sua governança aos acionistas, afirma secretário-executivo
- Foto: Reprodução

O secretário-executivo do Banco do Brasil, Rodrigo Gurgel, afirmou nesta quinta-feira que a instituição enfrenta o desafio de demonstrar ao acionista o valor de sua governança corporativa.

Segundo Gurgel, embora o Banco do Brasil esteja listado no segmento Novo Mercado da B3 e faça parte dos principais índices sociais, ambientais e de governança, tanto no Brasil quanto no exterior, a natureza jurídica da instituição ainda impacta a forma como os investidores avaliam o banco.

"Esses índices, e vários outros que inclusive servem de base para decisões de investimento, não são suficientes para evitar que o papel do Banco do Brasil sofra descontos em sua negociação imobiliária. Por quê? Muito por conta da nossa natureza jurídica, de sociedade de economia mista. O mercado precifica a nossa natureza jurídica em função do que entende ser o risco do controlador", explicou.

O secretário-executivo ressaltou que o BB desenvolveu uma estrutura de governança robusta, certificada e reconhecida, impulsionada pela alta regulação à qual está submetido.

"O Banco do Brasil é a empresa mais regulada do País. Não é uma das, é a empresa mais regulada", frisou Gurgel. Ele detalhou que, por ser uma sociedade de economia mista, o BB está sob supervisão de órgãos como TCU, CGU e Ministério da Fazenda. Já como banco, é supervisionado por CMN, Banco Central, Susep e Previc. Como empresa de capital aberto, responde ainda à B3, CVM e Anbima. "Isso nos confere um alto custo de observação", completou.

As declarações foram feitas durante o evento Conexão Governança Brasília, promovido pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC).