A Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Força Sindical classificaram o avanço da isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil, aprovado na Câmara e no Senado, como uma conquista histórica e resultado da mobilização do movimento sindical e dos trabalhadores. A medida, que vinha sendo defendida por diversas centrais sindicais, agora aguarda sanção do presidente Lula.

O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, destacou em nota que a aprovação representa "mais uma grande e histórica vitória do movimento sindical para os trabalhadores e trabalhadoras, que novamente demonstra nossa relevância para a sociedade brasileira e para o desenvolvimento do país, no rumo da justiça tributária e social. A luta faz a lei!"

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A CUT ressaltou que a nova faixa de isenção beneficiará mais de 20 milhões de brasileiros e defendeu a necessidade de taxar a parcela mais rica da população.

"A taxação dos mais ricos é necessária para compensar os R$ 25,84 bilhões anuais que, segundo o Ministério da Fazenda, deixarão de ser arrecadados com a ampliação da faixa de isenção", afirmou a entidade em nota.

O presidente nacional da CUT, Sérgio Nobre, também classificou a medida como uma vitória histórica da classe trabalhadora. "A gente vem há muitos anos com a bandeira da justiça tributária, denunciando que os ricos praticamente não pagam imposto, enquanto quem paga de verdade é a classe trabalhadora", declarou.

De acordo com a Força Sindical, a proposta foi encaminhada pelo governo ao Congresso Nacional, mas só avançou após intensa mobilização popular e articulação das centrais sindicais com lideranças políticas. "Diversas vezes, líderes sindicais da Força e de outras centrais debateram e dialogaram com lideranças políticas cobrando a aprovação dessa medida, que só irá trazer benefícios para a sociedade", destacou a entidade.