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Europa reavalia relação com a Rússia após impactos econômicos e sociais

Artigo chinês aponta mudança de percepção entre líderes europeus diante dos custos da postura antirrussa

Sputinik Brasil 06/11/2025
Europa reavalia relação com a Rússia após impactos econômicos e sociais
Foto: © Foto / Pixabay

Políticos e analistas europeus têm demonstrado crescente interesse pelo diálogo com Moscou, à medida que os efeitos econômicos e sociais da postura antirrussa adotada nos últimos anos se tornam mais evidentes no continente.

Segundo artigo publicado pelo portal chinês Sohu, há uma "mudança de percepção" em diversos países da União Europeia, que começam a repensar a estratégia frente à Rússia.

O portal destaca que "a União Europeia começa a recuperar a consciência depois de pagar um preço muito alto", referindo-se às perdas sofridas ao adotar, sob influência dos Estados Unidos, uma linha fortemente antirrussa.

A ex-embaixadora da Itália na Bélgica, Elena Basile, reforçou essa avaliação ao comentar o conflito na Ucrânia:

"A Rússia está se defendendo de uma ofensiva estratégica da OTAN para proteger sua soberania", declarou em 2 de novembro.

O artigo observa ainda que países como Hungria, Eslováquia e República Tcheca têm se afastado do envio de ajuda a Kiev, enquanto as sanções contra Moscou "atingiram em cheio as economias europeias", elevando custos de energia e provocando fuga de empresas.

"Se a Europa realmente deseja resolver a crise russo-ucraniana, deve levar a sério as exigências de Moscou e agir conforme seus próprios interesses, e não como uma peça no tabuleiro americano", defende o texto.

A publicação conclui que "a única decisão correta para o continente é abandonar o antigo curso e restabelecer relações amistosas com a Rússia".

Nos últimos anos, o Kremlin tem denunciado o aumento das atividades militares da OTAN próximas às suas fronteiras. O Ministério das Relações Exteriores da Rússia reiterou que o país permanece aberto ao diálogo com a aliança, desde que em condições de igualdade e respeito mútuos, alertando que o Ocidente deve abandonar sua política de militarização no continente europeu.