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Papa reafirma que Jesus é o único Salvador e detalha critérios para veneração a Maria
Novo decreto do Vaticano, aprovado pelo papa, esclarece que Maria cooperou na Redenção, mas não deve ser chamada de 'corredentora', preservando o papel exclusivo de Cristo.
O Vaticano publicou nesta terça-feira, 4, uma nova instrução orientando os católicos de todo o mundo a não utilizarem o título de "corredentora" para Maria. A diretriz, aprovada pelo papa Leão XIV, reforça que, embora Maria tenha cooperado na obra redentora de Cristo, ela não atuou como mediadora.
"Levando em consideração a necessidade de explicar o papel subordinado de Maria a Cristo na obra da Redenção, é sempre inoportuno o uso do título de Corredentora para definir a cooperação de Maria", afirma o documento.
O texto ressalta que o termo "corredentora" pode trazer o risco de ofuscar a mediação única e salvífica de Cristo, gerando confusão e desequilíbrio na compreensão das verdades da fé cristã.
"Não há salvação em nenhum outro, pois não há debaixo do céu qualquer outro nome, dado aos homens, que nos possa salvar", acrescenta o decreto.
Segundo o Vaticano, exaltar Maria como a principal colaboradora na obra da Redenção pode colocar em risco o reconhecimento do papel exclusivo de Jesus Cristo como Filho de Deus e único capaz de oferecer ao Pai um sacrifício de valor infinito. "Isso não seria uma verdadeira honra à Mãe", reforça o texto.
A instrução também menciona declarações anteriores do papa Francisco, que se posicionou contra o uso do título de "corredentora". Francisco destacou que Maria "jamais quis reter para si algo do seu Filho" e que "Nossa Senhora não quis tirar nenhum título a Jesus. Ela não pediu para ser uma quase-redentora ou corredentora: não. O Redentor é um só e este título não se duplica. Cristo é o único Redentor: não existem corredentores com Cristo. Porque o sacrifício da Cruz, oferecido com coração amante e obediente, apresenta uma satisfação superabundante e infinita", afirmou o pontífice em 2020.
O documento divulgado nesta terça-feira também analisou outros títulos marianos, como "mediadora". Conforme a instrução, esse termo só pode ser empregado em sentido subordinado à ação de Cristo, e não como se Maria fosse distribuidora de graças. Títulos como "Mãe dos fiéis", "Mãe da Igreja" e "Mãe da graça" foram reconhecidos, desde que sempre apontem para o Filho.
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