O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, destacou os avanços econômicos alcançados durante seu governo e voltou a responsabilizar os democratas pela paralisação das atividades federais, durante discurso no fórum America Business, em Miami.

O pronunciamento ocorre após o Partido Republicano sofrer derrotas em distritos importantes nas recentes eleições regionais, cenário em que a insatisfação econômica tem ganhado espaço entre o eleitorado.

"Os democratas estão mantendo o governo fechado e forçando funcionários públicos a trabalhar sem receber salário, porque querem manter as políticas ruins de Joe Biden e oferecer assistência de saúde gratuita para imigrantes ilegais", afirmou Trump. "Me chamaram de pessoa ruim ontem, mas não sou. Só quero um país grande de novo, é pedir muito?"

Trump ressaltou o foco de sua gestão na economia e reafirmou a promessa de transformar os Estados Unidos na "melhor economia do mundo", com desempenho superior ao de seu primeiro mandato e "fronteiras resistentes" à imigração.

Entre as conquistas, o ex-presidente citou a alta dos mercados acionários americanos, que atingiram recordes históricos recentemente, e os "trilhões de dólares" em investimentos atraídos por meio de acordos comerciais. Segundo ele, o Produto Interno Bruto (PIB) também segue forte, impulsionado por tarifas comerciais.

Trump afirmou esperar reflexos dessas conquistas no mercado de trabalho, com a criação de "milhares de empregos" e avanço salarial acelerado, à medida que os EUA se reindustrializam e constroem "alguns dos maiores prédios do mundo". "Estamos em um período de transição, de um país horrível para um sucesso", declarou.

O republicano também atribuiu ao governo democrata anterior o aumento da inflação em alimentos, bens, combustíveis e hipotecas. "Em nossa gestão, os preços caíram rápido e podemos falar novamente em sonho americano", defendeu, mencionando ainda a queda dos juros do Federal Reserve (Fed) neste ano, apesar de críticas ao presidente do banco central norte-americano, Jerome Powell, a quem chamou de "incompetente".