O ouro encerrou o pregão desta quarta-feira, 5, em alta, embora tenha ficado abaixo da máxima do dia, quando chegou a ultrapassar brevemente o patamar de US$ 4.000 por onça-troy durante a sessão. O movimento reflete a assimilação, por parte dos investidores, de dados de emprego mais robustos do que o esperado nos Estados Unidos e a contínua atenção aos desdobramentos do shutdown mais longo da história do país.

Na Comex, divisão de metais da Bolsa de Nova York (Nymex), o contrato do ouro para dezembro registrou valorização de 0,82%, fechando a US$ 3.992,9 por onça-troy.

Apesar de ainda não ter recuperado totalmente as perdas recentes, o metal precioso permanece próximo de níveis de suporte, segundo análise da Sucden Financial, que aponta para um sinal de estabilização no mercado.

O banco ING, por sua vez, avalia que os fundamentos que sustentam a demanda por ouro seguem sólidos, classificando as últimas quedas como uma "correção saudável" nos preços.

A alta do ouro ocorreu mesmo diante do avanço dos rendimentos dos Treasuries, após a divulgação dos dados de emprego do setor privado norte-americano, que mostraram crescimento acima do esperado. De acordo com a Capital Economics, os resultados reforçam a perspectiva de manutenção das taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed) na próxima reunião, prevista para dezembro.