A Arquidiocese de Maceió instaurou Processos Administrativos Penais contra três sacerdotes por suspeitas de irregularidades financeiras. Estão sob investigação o Cônego João José de Santana Neto, o Cônego Walfran Fonseca da Silva e o Padre Edvan Bernardino da Silva, todos afastados temporariamente do exercício público do ministério presbiteral.

Em nota oficial, a instituição informou que os procedimentos tratam de “supostas irregularidades em matéria econômica relacionadas a instituições anteriormente administradas pelos referidos clérigos”. As apurações seguem sob segredo de justiça canônica.

Segundo a Arquidiocese, o afastamento não configura punição, mas uma medida preventiva, prevista pelo Cânon 1722 do Código de Direito Canônico, que assegura aos investigados o direito à ampla defesa e à presunção de inocência.

O arcebispo metropolitano, Dom Carlos Alberto Breis Pereira, destacou que as investigações seguem as normas do Vaticano e contam com consulta à Nunciatura Apostólica no Brasil e ao Dicastério para o Clero, órgão responsável por supervisionar a atuação dos padres em todo o mundo.

Após a conclusão da fase diocesana, os autos serão encaminhados à Santa Sé, que decidirá sobre eventuais medidas disciplinares ou sanções.

A nota reforça ainda que o processo está sendo conduzido com “transparência e zelo pela verdade”, e que as medidas visam preservar o bem público da Igreja e restaurar a justiça, conforme as orientações do Papa Leão XIV.

“A Arquidiocese reafirma que nenhuma irregularidade será tolerada. As medidas adotadas buscam garantir a verdade e reparar eventuais escândalos, com fidelidade à Igreja e aos princípios cristãos”, finaliza o comunicado.