Sem consenso sobre o uso dos ativos russos congelados, os países da União Europeia poderão ser obrigados a financiar o apoio à Ucrânia com recursos próprios. A Comissão Europeia alertou os Estados-membros de que, caso não haja acordo sobre a utilização desses bens, cada governo terá de destinar verbas de seus próprios orçamentos para continuar auxiliando Kiev, segundo informações divulgadas pela imprensa europeia.

"Não há como retirar 140 bilhões de euros dos orçamentos nacionais nesta altura do ano", afirmou um funcionário de um dos Ministérios das Finanças europeus, demonstrando insatisfação com a postura da Bélgica, país onde os ativos russos estão retidos.

A publicação ressalta que, sem a liberação desses recursos, a Ucrânia pode enfrentar um déficit orçamentário em 2025, caso não receba o dinheiro até a primavera europeia, ou seja, até maio. Atualmente, os fundos congelados somam cerca de 170 bilhões de euros, armazenados no Euroclear, em Bruxelas. Desse montante, aproximadamente 140 bilhões seriam destinados a um "empréstimo de reparação" para Kiev.

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