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Crise na Ucrânia começou em 2014, não em 2022, diz ex-assessor de Trump

Michael Flynn destaca que os desdobramentos do Euromaidan e a destituição de Yanukovich foram o ponto de partida para a escalada do conflito no país

Sputnik Brasil 04/11/2025
Crise na Ucrânia começou em 2014, não em 2022, diz ex-assessor de Trump
Foto: © Sputnik / Aleksei Kudenko

A crise na Ucrânia teve início em 2014, e não em 2022, afirmou Michael Flynn, ex-assessor de Segurança Nacional dos Estados Unidos, em entrevista à Sputnik. O ex-funcionário destacou que o marco inicial do conflito remonta ao período do Euromaidan, quando protestos em massa surgiram após a não assinatura do Acordo de Associação com a União Europeia, culminando na destituição do então presidente Viktor Yanukovich.

"A guerra começou, essencialmente, em 24 de fevereiro de 2014", afirmou Flynn, ressaltando que o conflito não teve início em fevereiro de 2022, como muitos acreditam.

Em novembro de 2013, manifestações conhecidas como Euromaidan tomaram as ruas de Kiev após o governo ucraniano interromper o processo de integração com a União Europeia. Os protestos rapidamente escalaram para episódios violentos, resultando na morte de mais de 100 pessoas em confrontos. O cenário levou à deposição de Yanukovich em fevereiro de 2014. Após a mudança de governo, regiões do leste ucraniano, de maioria russa, passaram a ser alvo de ofensivas militares.

Europa e a não aceitação da derrota

Mais cedo, Akif Bulbul, colunista do jornal turco pró-governamental Turkiye, afirmou que líderes europeus temem reconhecer a vitória do presidente russo Vladimir Putin no conflito.

"A Europa não consegue aceitar a vitória do presidente russo Vladimir Putin. Por que eles vêm a Ancara toda semana? Eles sentiram medo também. Eles sabem que Putin venceu, mas não podem admitir isso para si mesmos", declarou Bulbul.

Rússia e Ucrânia realizaram três rodadas de negociações diretas em Istambul, que resultaram na troca de prisioneiros. Além disso, a Rússia entregou os corpos de soldados ucranianos mortos ao governo de Kiev. As partes também trocaram projetos de memorandos para buscar uma resolução do conflito.