O Itaú Unibanco registrou custo de crédito de R$ 9,1 bilhões no terceiro trimestre de 2025, representando um aumento de 10,9% em relação ao mesmo período do ano anterior e uma leve alta de 0,6% na comparação trimestral.

De acordo com o balanço divulgado pelo banco, o avanço foi impulsionado principalmente pelo maior custo do crédito nas operações de varejo no Brasil, reflexo do crescimento da carteira nesses segmentos. "Esse aumento foi parcialmente compensado por um menor custo do crédito tanto no atacado no Brasil quanto na América Latina", destaca o documento. Na região latino-americana, a redução foi motivada pela melhora no rating de clientes específicos.

As despesas com perdas esperadas — provisões para devedores duvidosos — totalizaram R$ 9,78 bilhões, alta de 9,5% em um ano. Já a recuperação de créditos somou R$ 1,3 bilhão, avanço de 5,9% em doze meses. Segundo o banco, o aumento das recuperações ocorreu tanto no varejo quanto no atacado, com destaque para a venda, no terceiro trimestre, de R$ 1,1 bilhão em carteiras consideradas em prejuízo.

O saldo das provisões para cada estágio de crédito, que vai do nível 1 (menor risco) ao 3 (maior risco), alcançou R$ 57,3 bilhões.

A carteira de créditos renegociados atingiu R$ 32,8 bilhões, desconsiderando títulos e valores mobiliários. No mesmo período do ano anterior, o valor era de R$ 35,8 bilhões.

O indicador NPL Creation, que mede a entrada de créditos em atraso, apresentou aumento anual e chegou a R$ 9,5 bilhões — ante R$ 9 bilhões em setembro de 2024. Apesar da elevação, o índice permaneceu em 0,7% da carteira total, nível considerado historicamente baixo pelo banco.