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13º salário: primeira parcela deve se paga até o fim de novembro. Confira dicas para usar bem a gratificação
Apesar de representar um alívio para o orçamento, é preciso cautela e planejamento na hora de usar esse dinheiro extra
O fim do ano chega com uma boa notícia para os trabalhadores com carteira assinada: o pagamento do 13º salário. A primeira parcela deve ser depositada na conta até 30 de novembro e corresponde a 50% do valor, sem descontos. Já o prazo para o pagamento da segunda vai até 20 de dezembro, com os descontos de INSS e Imposto de Renda. Embora represente um alívio para o orçamento, é preciso cautela e planejamento na hora de usar esse dinheiro extra.
13º salário:
Tem dívidas em bancos, lojas, telecomunicações ou outras empresas?
Reinaldo Domingos, presidente da Associação Brasileira de Profissionais de Educação Financeira (Abefin), lembra que o 13º salário foi criado como uma gratificação de fim de ano, e não como uma forma de compensar erros financeiros acumulados ao longo dos meses. Segundo ele, o ideal é utilizar esse valor para poupar e investir de forma consciente, direcionando-o para a concretização de sonhos de curto, médio e longo prazo.
No caso de quem está endividado, o especialista orienta que o primeiro passo é compreender o tamanho da dívida, avaliar a capacidade real de pagamento e buscar uma negociação.
— Se você está em uma situação financeira difícil, o 13º pode ser usado para renegociar dívidas, mas, no geral, deve ser poupado ou investido. O ideal é que esse valor seja usado para planejar o futuro, não para resolver problemas do passado — orienta
Para quem não tem dívidas, mas também não tem o hábito de poupar, o alerta é o mesmo: agir com consciência para evitar o endividamento e a inadimplência:
— Quem não tem dívidas, mas também não poupa, corre o risco de ficar vulnerável a imprevistos financeiros. É fundamental começar a guardar parte do 13º para criar uma reserva e proteger o futuro.
Além disso, o especialista ressalta que a chegada dessa renda extra coincide com o aumento dos gastos típicos de final de ano, como troca de presentes, ceia de Natal e viagens. Por isso, é necessário planejar não só as despesas de fim de ano, mas também considerar as obrigações financeiras previstas para o início de 2025, além de observar a vida financeira de forma geral.
Dicas para usar bem o 13º salário
Faça um diagnóstico da situação financeira
Liste todas as receitas do ano: salário, 13º, férias e bônus.
Registre todas as despesas, fixas e variáveis, incluindo parcelas, impostos e contas sazonais.
Avalie o nível de endividamento: dívidas, juros, parcelas e prazos.
Identifique gastos desnecessários ou supérfluos que podem ser eliminados.
Mapeie prioridades e objetivos
Defina metas de curto prazo (até 1 ano), médio prazo (até 5 anos) e longo prazo (mais de 10 anos).
Inclua despesas sazonais futuras, como IPVA, IPTU, matrícula e material escolar.
Determine quanto do 13º será destinado a cada meta, equilibrando necessidades, dívidas e sonhos pessoais.
Lembre-se de que o 13º salário não deve ser usado como “tapa-buraco” de problemas recorrentes no orçamento; ele funciona como recurso extra para planejamento estratégico.
Para quem está endividado
Liste todas as dívidas, juros e parcelas.
Avalie os riscos de usar o 13º para quitação de dívidas: o descontrole financeiro existente aumenta a probabilidade de novas dificuldades.
Para quem não tem dívidas
Reserve parte do 13º para criar ou reforçar uma reserva de emergência.
Destine outra parte para investimentos ou projetos pessoais de médio e longo prazo.
Poupe e invista
Evite parcelamentos que comprometam o orçamento do próximo ano.
Crie uma reserva estratégica para emergências ou despesas inesperadas.
Invista parte do 13º de acordo com seu perfil financeiro.
Transforme a prática de poupar em hábito, reforçando o equilíbrio financeiro anual.
Planeje o consumo consciente
Estabeleça um orçamento detalhado para compras de fim de ano, ceia e viagens.
Priorize gastos dentro do seu padrão de vida.
Evite o efeito “consumo por impulso”, que gera parcelamentos e dívidas futuras.
Use o 13º como recurso adicional para absorver despesas sazonais, mantendo o equilíbrio financeiro mensal.
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