Geral
Bolsas de Nova York fecham em forte queda com pressão sobre techs e aéreas
Temores de sobrevalorização das gigantes de tecnologia e impacto de paralisação em aeroporto derrubam índices em Wall Street; setor aéreo lidera perdas após ameaça de bomba
As bolsas de Nova York encerraram esta terça-feira, 4, com perdas expressivas, refletindo o pessimismo dos mercados globais. No centro das atenções estiveram as preocupações com a possível sobrevalorização das ações de tecnologia e o forte recuo do setor aéreo, após a paralisação do aeroporto Reagan, em Washington, e incertezas relacionadas ao impacto do shutdown sobre os controladores de tráfego aéreo.
O índice Dow Jones caiu 0,53%, fechando aos 47.085,24 pontos. O S&P 500 recuou 1,17%, aos 6.771,55 pontos, enquanto o Nasdaq perdeu 2,04%, encerrando em 23.348,64 pontos.
O ambiente em Wall Street foi influenciado por previsões cautelosas dos CEOs da Capital Group, Goldman Sachs e Morgan Stanley, que alertaram para a possibilidade de uma correção de até 15% nos mercados acionários nos próximos dois anos. Entre os destaques negativos, a Palantir despencou 7,95%, após temores de valorização excessiva ao longo do ano, contribuindo para o mau humor dos investidores.
O setor de tecnologia registrou quedas generalizadas, com Intel (-6,25%), Nvidia (-3,96%), Oracle (-3,75%), Salesforce (-2,64%) e Alphabet (-2,18%) entre os principais recuos. AMD (-3,70%) e Super Micro Computer (-6,40%) também caíram, mesmo antes da divulgação de seus balanços. Por outro lado, a Apple destoou do movimento e avançou 0,37%, impulsionada por notícias sobre o possível lançamento de um laptop mais acessível.
A Tesla teve baixa de 5,21%, após o Wall Street Journal informar que o fundo soberano da Noruega rejeitou o pacote de remuneração de US$ 1 trilhão destinado ao CEO Elon Musk.
Entre as exceções positivas, a Metsera saltou 20,50% após receber nova oferta de compra da Novo Nordisk (ADR -1,75%), em meio ao interesse também manifestado pela Pfizer (-1,46%). A UnitedHealth recuou 0,89%, enquanto conduz processo de venda de ativos fora dos Estados Unidos.
O setor aéreo foi duramente atingido após uma ameaça de bomba interromper as operações no Aeroporto Reagan. United Airlines caiu 5,56%, Delta perdeu 4,87% e American Airlines recuou 5,17% — esta última também repercutindo relatos de corte de centenas de empregos, segundo a Bloomberg.
O apetite ao risco também foi afetado pela diminuição das expectativas de novos cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed), enquanto o shutdown, que já dura 35 dias, pode se tornar a paralisação mais longa da história dos Estados Unidos.
Com informações de Dow Jones Newswires
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