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Semed leva à Bienal do Livro debate sobre equidade e aprendizagem para todos

Palestra reuniu especialistas e professores para refletir sobre novas abordagens pedagógicas e o fortalecimento de práticas inclusivas

04/11/2025
Semed leva à Bienal do Livro debate sobre equidade e aprendizagem para todos
Debate propôs uma reflexão sobre os limites, as possibilidades do presente e a construção de um futuro mais inclusivo. - Foto: Edivaldo Florêncio/ Ascom Semed

Na manhã desta terça-feira (4), a Secretaria de Educação de Maceió (Semed) promoveu a palestra “Educação Inclusiva: Caminhos para garantir a aprendizagem para todos”, durante a programação da 11ª Bienal do Livro de Alagoas. O evento, realizado na Sala Jatiúca, no 1º andar do Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, contou com a participação do psicólogo e educador Elton Silva de Lima, que conduziu a palestra, e da coordenadora de Educação Especial da Semed, Pollyana Satírio, responsável pela mediação.

O debate propôs uma reflexão sobre os desafios e as possibilidades atuais na construção de um futuro mais inclusivo, abordando diferentes concepções teóricas e metodológicas sobre Educação Inclusiva, com destaque para a Análise do Comportamento Aplicada (ABA). Essa abordagem científica, amplamente utilizada na Psicologia e na Educação, foca na interação entre indivíduo e ambiente, promovendo aprendizagens socialmente relevantes baseadas em evidências.

Durante sua apresentação, Elton Silva de Lima ressaltou a importância de compreender a educação inclusiva como um processo contínuo e coletivo. “Trabalhar com educação especial e inclusiva é um trabalho tão quilométrico, tão longevo e árduo quanto construir uma Muralha da China ou uma Catedral de Notre-Dame. É uma obra de longo prazo. É muito possível que nós não vejamos o resultado final ideal, mas devemos dar início à construção, tijolo por tijolo, para que nossos filhos e aprendizes deem continuidade, para que seja um legado para o futuro”, afirmou.

O palestrante também destacou o papel fundamental da formação docente e da capacitação em práticas baseadas na ciência, especialmente diante do aumento expressivo do número de estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) nas escolas.

“Não basta apenas incluir, é preciso oferecer suporte com equidade. Essas crianças precisam de apoio pedagógico e comportamental, e isso passa pela formação dos professores. Quando os educadores aprendem mais e melhor, conseguem ensinar mais e melhor também, com base em ciência, mas sem perder o afeto e o olhar individualizado para cada criança”, acrescentou Elton.

Para a mediadora Pollyana Satírio, a atividade reafirma o compromisso da Semed em construir uma rede pública de ensino cada vez mais acolhedora e acessível. “Falar de educação inclusiva é falar sobre respeito, empatia e valorização das diferenças. É compreender que cada criança e estudante tem um jeito próprio de aprender, e que cabe a nós, educadores, buscarmos caminhos e práticas que garantam a participação e o desenvolvimento de todos. Como coordenadora da Educação Especial, é uma satisfação representar a secretaria neste momento de diálogo e formação”, destacou.