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Petróleo fecha em baixa diante de aversão ao risco e incertezas sobre Opep+

Queda nos preços reflete temor de correção nos mercados globais e expectativas quanto à oferta do cartel e aliados

04/11/2025
Petróleo fecha em baixa diante de aversão ao risco e incertezas sobre Opep+
- Foto: Reprodução

Os contratos futuros do petróleo encerraram o pregão desta terça-feira, 4, em queda, impactados por uma aversão generalizada ao risco que afetou tanto o mercado de ações quanto as commodities. Investidores seguem avaliando a recente decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), que optou por manter os níveis de produção no início de 2026, após anunciar um novo aumento previsto para dezembro.

O petróleo WTI para dezembro, negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex), caiu 0,80% (US$ 0,49), fechando a US$ 60,56 o barril. Já o Brent para janeiro, negociado na Intercontinental Exchange de Londres (ICE), recuou 0,69% (US$ 0,45), encerrando a US$ 64,44 o barril.

O aumento dos temores de uma possível correção nos mercados, diante dos atuais níveis elevados de valorização, prejudicou o sentimento de risco global nesta terça-feira, influenciando diretamente os preços do petróleo.

Executivos como os CEOs da Capital Group, Goldman Sachs e Morgan Stanley alertaram que investidores devem estar preparados para uma queda de até 15% no mercado acionário americano nos próximos 12 a 24 meses.

Analistas do Goldman Sachs destacam que a pausa da Opep+ pode se prolongar ao longo de 2026, em função do aumento nos estoques dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Segundo comunicado divulgado no domingo, a Opep+ ampliará sua oferta em 137 mil barris por dia (bpd) em dezembro, mas manterá a produção inalterada no primeiro trimestre de 2026.

Com o aumento contínuo da oferta por parte do cartel, além de Estados Unidos, Canadá e Guiana neste ano, o mercado deve enfrentar um excedente significativo de 4 milhões de bpd em 2026, alerta o Société Générale. O banco acrescenta que as compras chinesas, próximas de 500 mil bpd, não serão suficientes para conter a pressão de baixa sobre os preços do petróleo.

Com informações da Dow Jones Newswires