As bolsas europeias encerraram o pregão desta terça-feira, 4, predominantemente em queda, refletindo o aumento dos temores de uma possível correção nos mercados acionários globais, especialmente entre empresas do setor de tecnologia.

Perto do fechamento, o índice Stoxx 600 recuava 0,41%, aos 569,93 pontos, pressionado pelo subíndice de tecnologia, que caiu 1,06%. Em Frankfurt, o DAX registrou baixa de 0,77%, aos 23.945,64 pontos, enquanto em Paris o CAC 40 cedeu 0,52%, para 8.067,53 pontos. Em Milão, o FTSE MIB destoou e subiu 0,09%, aos 43.262,35 pontos. Já em Madri, o Ibex 35 recuou 0,15%, a 16.012,50 pontos, e em Lisboa, o PSI 20 caiu 0,24%, fechando em 8.425,88 pontos. Os dados são preliminares.

Durante um evento em Hong Kong, presidentes de grandes instituições financeiras, como Capital Group, Goldman Sachs e Morgan Stanley, alertaram que investidores em Wall Street devem se preparar para uma possível queda de até 15% no mercado acionário dos Estados Unidos nos próximos 12 a 24 meses, conforme destacou reportagem da Bloomberg. Segundo eles, esse ajuste seria considerado "saudável" após a forte valorização recente das ações.

Assim como nas bolsas asiáticas e em Nova York, o ambiente europeu foi influenciado pela perspectiva de correção dos ativos, ao mesmo tempo em que os investidores ainda assimilavam resultados de balanços corporativos. Entre os destaques negativos, a Telefónica despencou 12,67% em Madri após anunciar que cortará pela metade os dividendos previstos para 2026.

Em Londres, a petrolífera britânica BP avançou 1,24%, beneficiada por um lucro acima do esperado no último trimestre e pelo anúncio de um novo programa de recompra de ações. O índice FTSE 100 fechou em alta de 0,14%, aos 9.714,96 pontos, mesmo com a cautela dos mercados diante da recusa da ministra das Finanças do Reino Unido, Rachel Reeves, em descartar um possível aumento de impostos para cumprir metas orçamentárias, o que pressionou a libra esterlina e os rendimentos dos Gilts.

Em Copenhague, a ação da Novo Nordisk reduziu as perdas e encerrou o dia com queda marginal de 0,03%, após a farmacêutica dinamarquesa confirmar a submissão de uma proposta atualizada para adquirir a Metsera, classificada pela empresa americana como "superior" à oferta da rival Pfizer.