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Confiança do consumidor registra terceira alta seguida em outubro, aponta ACSP

Índice Nacional de Confiança sobe 2,1% no mês, impulsionado por expectativas positivas de renda e emprego, mas endividamento das famílias ainda preocupa especialistas

04/11/2025
Confiança do consumidor registra terceira alta seguida em outubro, aponta ACSP
- Foto: Reprodução

O Índice Nacional de Confiança, elaborado pela PiniOn para a Associação Comercial de São Paulo (ACSP), avançou 2,1% em outubro na comparação com setembro, alcançando 98 pontos — patamar próximo da linha dos 100 que separa otimismo de pessimismo. Este é o terceiro mês consecutivo de alta, reflexo da melhora na percepção das famílias quanto à situação financeira atual e do otimismo em relação à renda e ao emprego.

Apesar do avanço mensal, o indicador registra queda de 4,8% em relação a outubro do ano passado.

A pesquisa ouviu 1.679 famílias de todas as regiões do Brasil, abrangendo capitais e cidades do interior.

O levantamento mostra que todas as regiões apresentaram melhora na confiança, com destaque para Centro-Oeste e Norte. Entre as classes sociais, o otimismo cresceu principalmente entre as famílias das classes AB e C. Em relação ao gênero, tanto homens quanto mulheres demonstraram aumento de confiança, sendo a recuperação mais expressiva entre elas.

De acordo com a ACSP, o aumento generalizado da confiança resultou em maior disposição para a compra de bens de maior valor, como carros e imóveis, além de eletrodomésticos, como geladeira e fogão, e também elevou a propensão a investir.

O economista da ACSP, Ulisses Ruiz de Gamboa, atribui a melhora ao aquecimento do mercado de trabalho e a medidas de estímulo à renda, como o novo consignado e o pagamento de precatórios. Esses fatores têm sustentado o ânimo e o consumo das famílias. "Porém, o elevado grau de endividamento e os efeitos negativos das altas taxas de juros sobre a atividade econômica, que continuarão a ser sentidos, poderão levar a uma redução da confiança do consumidor ao longo dos próximos meses", alerta.