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República Dominicana adia Cúpula das Américas para 2026 em meio a tensões políticas

Decisão foi tomada após divergências entre países participantes e impacto de eventos climáticos recentes no Caribe

04/11/2025
República Dominicana adia Cúpula das Américas para 2026 em meio a tensões políticas
Foto: © Roberto Stuckert Filho/PR

O governo da República Dominicana anunciou, nesta segunda-feira (3), o adiamento para 2026 da décima edição da Cúpula das Américas. A decisão foi comunicada pelo Ministério das Relações Exteriores do país, que destacou a necessidade de buscar maior consenso regional diante do atual cenário político.

"Após uma análise cuidadosa da situação na região, o governo dominicano decidiu adiar a realização da Cúpula das Américas para o próximo ano. Essa decisão foi tomada em coordenação com nossos principais parceiros, incluindo os Estados Unidos, que são os iniciadores do fórum, e outros países-chave", informou a chancelaria em comunicado oficial.

O evento estava originalmente agendado para os dias 4 e 5 de dezembro, em Punta Cana, um dos principais destinos turísticos da República Dominicana. No entanto, a decisão do governo dominicano de não convidar Cuba, Nicarágua e Venezuela para o encontro regional levou à retirada do México e da Colômbia da lista de participantes.

"Em 2022, quando a República Dominicana assumiu a responsabilidade de sediar a Cúpula das Américas, não era possível prever as profundas divergências que hoje dificultam um diálogo produtivo no continente. Além disso, os recentes eventos climáticos tiveram um impacto significativo em vários países do Caribe", ressalta o comunicado oficial.

As autoridades dominicanas garantiram que todos os recursos já investidos na preparação do evento serão aproveitados na edição do próximo ano, incluindo as reuniões interamericanas programadas para ocorrer no país.

Durante o período de adiamento, o governo informou que promoverá novas consultas para definir a data da cúpula e buscará ampliar o diálogo, incluindo governos recentemente eleitos de forma democrática.

Por Sputnik Brasil