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‘Maré vermelha’ colore águas da Praia da Pipa e assusta banhistas no litoral do RN

Proliferação de microalgas deixa mar avermelhado em praias de Tibau do Sul; especialistas alertam para riscos e recomendam evitar contato com a água

03/11/2025
‘Maré vermelha’ colore águas da Praia da Pipa e assusta banhistas no litoral do RN
- Foto: Reprodução / Agência Brasil

A coloração avermelhada das águas surpreendeu moradores e turistas no distrito de Pipa, em Tibau do Sul, litoral do Rio Grande do Norte. Internautas registraram a maré vermelha próxima à faixa de areia das praias de Cacimbinhas e dos Golfinhos, áreas vizinhas à famosa Praia da Pipa. O fenômeno assustou banhistas, que evitaram entrar no mar devido à tonalidade incomum e ao receio de contaminação.

A Prefeitura de Tibau do Sul informou ter solicitado ao Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) do Estado o monitoramento do fenômeno.

O Idema comunicou que técnicos foram enviados à região para avaliar a situação. Segundo o órgão, tudo indica tratar-se de um fenômeno natural conhecido como maré vermelha, provocado pela proliferação de microalgas ou cianobactérias presentes na água.

De acordo com o Departamento de Oceanografia e Limnologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), a maré vermelha ocorre devido à alta concentração de nutrientes na água do mar, associada à luminosidade e ao aumento da temperatura. Em estágios mais severos, a proliferação excessiva pode prejudicar outros organismos, incluindo peixes, devido ao consumo elevado de oxigênio pelas cianobactérias.

A tonalidade avermelhada é resultado da floração das microalgas, que adquirem essa cor característica. Especialistas recomendam evitar banho ou prática de esportes náuticos em áreas com manchas de coloração suspeita, pois podem causar coceira e irritação na pele.

O oceanógrafo Rodrigo Mazzoleni, especialista em ecologia, explica que a maré vermelha é um fenômeno natural e, nesta época de primavera, costuma ser recorrente no mar. “O risco para banhistas depende da espécie de alga e da concentração, mas geralmente são algas nocivas”, alerta o pesquisador.