Geral
Líder supremo do Irã impõe condições para possível cooperação com os EUA
Aiatolá Ali Khamenei afirma que diálogo só será considerado caso Washington encerre apoio a Israel e deixe de intervir no Oriente Médio
								O Irã só considerará pedidos de cooperação dos Estados Unidos após o fim do apoio americano a Israel e da interferência em assuntos internos do Oriente Médio. A declaração foi feita nesta segunda-feira (3) pelo líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, durante discurso a estudantes iranianos em alusão ao aniversário da tomada da embaixada dos EUA em Teerã.
Khamenei destacou que o impasse entre Irã e EUA é resultado de um conflito estrutural de interesses e detalhou três condições consideradas essenciais para qualquer eventual diálogo com Washington.
"Os pedidos dos EUA para o início de uma cooperação com a República Islâmica serão considerados pelo Irã não em um futuro próximo, mas em algum momento, quando e somente quando Washington parar completamente de apoiar Israel, encerrar suas bases militares no Oriente Médio e deixar de interferir nos assuntos internos dos países da região", afirmou Khamenei.
Anteriormente, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, disse ao canal Al Jazeera que Teerã poderia retomar as negociações sobre a questão nuclear caso os EUA estejam dispostos a um diálogo honesto.
O diálogo entre Estados Unidos e Irã, mediado por Omã, foi interrompido em junho passado após ataques israelenses e, em seguida, ofensivas americanas contra instalações em território iraniano.
Na noite de 13 de junho, Israel iniciou uma operação contra o Irã, acusando o país de manter um programa militar nuclear secreto. Os bombardeios e ações de sabotagem teriam como alvo instalações nucleares, comandantes militares, físicos renomados e bases aéreas iranianas.
O Irã rejeitou as acusações e respondeu com seus próprios ataques. Por 12 dias, Irã e Israel trocaram ofensivas, incluindo uma ação pontual dos EUA na noite de 22 de junho contra alvos nucleares iranianos. Em resposta, na noite seguinte, Teerã lançou mísseis contra a base americana Al Udeid, no Catar, afirmando não ter intenção de provocar uma nova escalada.
Após os ataques, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, manifestou esperança de que, com o ataque à base americana no Catar, o Irã tivesse "liberado pressão", abrindo caminho para a paz e o entendimento no Oriente Médio.
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