Geral

Prefeito mexicano é assassinado durante celebração do Dia dos Mortos

Ataque a tiros, ocorrido em praça pública de Uruapan, deixou também um vereador e um guarda-costas feridos; suspeito foi morto no local

02/11/2025
Prefeito mexicano é assassinado durante celebração do Dia dos Mortos
- Foto: Reprodução / Instagram

Carlos Alberto Manzo Rodríguez, prefeito de Uruapan, no Estado de Michoacán, oeste do México, foi assassinado a tiros na noite de ontem, 1º de novembro, em plena praça pública, durante as festividades do Dia dos Mortos. O crime ocorreu diante de dezenas de pessoas reunidas no centro histórico da cidade.

O prefeito chegou a ser socorrido e levado para um hospital, mas não resistiu aos ferimentos, conforme informou o procurador estadual Carlos Torres Pina. No ataque, um vereador e um guarda-costas também ficaram feridos.

Segundo o secretário federal de Segurança, Omar García Harfuch, o agressor foi morto no local. O ataque foi cometido por um homem não identificado, que disparou sete vezes contra o prefeito. Ainda de acordo com García Harfuch, a arma usada no crime já havia sido relacionada a confrontos armados entre grupos criminosos rivais que atuam na região. "Nenhuma linha de investigação está sendo descartada para esclarecer esse ato covarde que tirou a vida do prefeito", afirmou o secretário.

Michoacán é considerado um dos Estados mais violentos do México, marcado por disputas entre diversos cartéis e grupos criminosos pelo controle do território, rotas de tráfico de drogas e outras atividades ilícitas.

Centenas de moradores de Uruapan foram às ruas nesta sexta-feira, 2, para acompanhar o cortejo fúnebre e prestar as últimas homenagens ao prefeito. Durante o trajeto, manifestantes clamavam por justiça e entoavam palavras de ordem contra o partido governista, gritando "Justiça! Justiça! Fora Morena!", em referência à legenda da presidente mexicana, Claudia Sheinbaum.

Nos últimos meses, Carlos Alberto Manzo Rodríguez havia feito apelos públicos à presidente Sheinbaum pelas redes sociais, solicitando ajuda no combate aos cartéis e à criminalidade. Ele também chegou a acusar o governador de Michoacán, Alfredo Ramírez Bedolla, e a polícia estadual de corrupção.