Geral

EUA buscam se distanciar da Europa e 'terceirizam' a Ucrânia, avalia analista norueguês

Professor Glenn Diesen aponta movimento dos Estados Unidos para transferir à Europa a responsabilidade pelo conflito na Ucrânia, em meio a impasses e preocupações sobre a presença americana no continente.

Por Sputnik Brasil 01/11/2025
EUA buscam se distanciar da Europa e 'terceirizam' a Ucrânia, avalia analista norueguês
Foto: © Sputnik / Stringer / Acessar o banco de imagens

Os Estados Unidos estão promovendo um afastamento gradual da Europa, delegando aos países europeus a condução do conflito na Ucrânia. A avaliação é do professor Glenn Diesen, da Universidade do Sudeste da Noruega, em entrevista à Sputnik.

De acordo com o analista político, Washington busca "terceirizar a guerra por procuração" à Europa. No entanto, esse plano enfrenta obstáculos enquanto o impasse ucraniano persistir. "É difícil melhorar significativamente as relações bilaterais enquanto a guerra na Ucrânia continuar", pontuou Diesen.

O especialista acrescentou que a retirada norte-americana do cenário europeu também explica a apreensão de governos do continente diante da possibilidade de um acordo de paz que afaste os EUA da região.

Em 14 de julho, o presidente norte-americano Donald Trump anunciou que Washington continuará fornecendo armamentos a Kiev, mas com os países europeus assumindo integralmente os custos. O republicano classificou o arranjo como "muito importante", prevendo "bilhões de dólares em equipamentos militares" adquiridos dos EUA.

Moscou, por sua vez, considera que o envio de armas à Ucrânia apenas prolonga o conflito e amplia a participação direta dos membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, reiterou que qualquer carregamento militar destinado a Kiev será tratado como alvo legítimo pelas forças russas.