Apesar da redução anunciada pela Petrobras no preço da gasolina em 21 de outubro, o valor do combustível nos postos subiu 0,3% no mês, atingindo a média de R$ 6,36 por litro. O levantamento é do Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL), que também aponta queda de 0,2% no preço do etanol, principal concorrente da gasolina.

"Mesmo com o anúncio de redução da Petrobras no preço da gasolina no fim de outubro, os preços nos postos ainda não refletiram esse movimento. Isso acontece porque o repasse leva algum tempo, dependendo do giro dos estoques e da atualização das tabelas pelas distribuidoras. A tendência, então, é que o efeito dessa queda comece a aparecer para o consumidor final nas próximas semanas", explica Renato Mascarenhas, diretor de Rede Abastecimento da Edenred Mobilidade.

Na análise regional, a maioria das regiões acompanhou a alta da gasolina, exceto o Norte, única a registrar queda de 0,15%, com o litro a R$ 6,82 – a maior média regional. O Sudeste manteve estabilidade em relação a setembro, com a gasolina a R$ 6,21, a menor média do País. Já o Sul apresentou a maior alta do período, de 0,80%, com o litro a R$ 6,33.

No caso do etanol, apesar da queda nacional, a maioria das regiões registrou aumento. O destaque foi para o Centro-Oeste, com alta de 1,81% e preço médio de R$ 4,50 o litro. Apenas o Nordeste teve recuo no preço do biocombustível, de 0,20%, levando a média regional a R$ 4,93.

O etanol mais caro do País segue sendo o do Norte, encontrado a R$ 5,21, alta de 0,19%. O Sudeste permanece como a região com etanol mais competitivo, a R$ 4,32 o litro, apesar do aumento de 0,47%.

"Em outubro, mesmo com a pequena alta nacional, a gasolina seguiu como o combustível mais vantajoso para os motoristas na maior parte do País, principalmente nos estados do Nordeste e do Sul. Mesmo assim, o etanol mantém um papel importante: por emitir menos poluentes, é uma opção mais sustentável e alinhada aos objetivos de descarbonização do transporte", destaca Mascarenhas.