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Serial killer de Maceió é condenado a mais de 27 anos por novo homicídio no Vergel do Lago
Albino Santos de Lima, que já acumula mais de 125 anos de prisão, foi julgado pela morte de Tamara Vanessa e pela tentativa de assassinato de outras duas pessoas
Sentado no banco dos réus pela quinta vez, o assassino em série Albino Santos de Lima foi condenado, nesta sexta-feira (31), a 27 anos, um mês e dez dias de prisão pela morte de Tamara Vanessa da Silva e pelas tentativas de homicídio contra Leidjane, mãe de santo, e José Gustavo, marido da vítima fatal. O crime ocorreu em junho de 2024, no bairro Vergel do Lago, em Maceió.
Com essa nova sentença, Albino já acumula mais de 125 anos de prisão. O julgamento foi conduzido pelo juiz Yulli Roter, da 7ª Vara Criminal, no Fórum do Barro Duro. O magistrado informou que o réu voltará a ser julgado em novembro, por outro homicídio ainda em tramitação.
Durante a sessão, o acusado reconheceu o crime, mas optou por permanecer em silêncio. “Tenho ciência do que estou sendo julgado. Confesso o acontecido, mas quero permanecer em silêncio”, declarou ao tribunal.
O promotor de Justiça Antônio Villas Boas, responsável pela acusação, destacou o perfil frio e calculista do réu, afirmando que Albino é considerado o maior serial killer de Alagoas e um dos mais perigosos do país. “Ele tem plena consciência do que faz. O que lhe falta é empatia. Tentou alegar ouvir vozes, mas hoje mostramos o que ele realmente pensava sobre suas vítimas”, disse o promotor.
Os sobreviventes do ataque prestaram depoimento emocionado. José Gustavo relatou que, na noite do crime, ele, Tamara e Leidjane seguiam para a casa da mãe de santo, onde preparariam alimentos para um evento religioso. Por causa da chuva, pararam algumas casas antes do destino. “De repente, sem ver de onde vinha, fomos surpreendidos pelos tiros”, contou.
Gustavo foi atingido por três disparos, Tamara levou quatro tiros e Leidjane foi alvejada na cabeça. Mesmo ferido, o marido da vítima conseguiu correr até uma residência próxima para pedir socorro. A população local ajudou no resgate.
Leidjane também testemunhou e reforçou que não havia qualquer motivo para o atentado. “Não entendemos até hoje por que ele fez isso. Nenhum de nós tinha envolvimento com coisa errada”, afirmou. Ambos carregam até hoje as marcas físicas e emocionais do ataque que abalou o Vergel do Lago.
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