O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu, nesta segunda-feira (22), durante a Conferência Internacional para a Solução Pacífica da Questão Palestina, a implementação da solução de dois Estados e o reconhecimento pleno da Palestina como membro da Organização das Nações Unidas (ONU).

O presidente anunciou ainda que o Brasil vai reforçar o controle sobre importações vindas de assentamentos ilegais na Cisjordânia e manter suspensa a exportação de material de defesa que possa ser usado em crimes contra a humanidade.Diante da paralisia do Conselho de Segurança da ONU (CSNU), Lula defendeu que a Assembleia Geral da ONU assuma protagonismo e apoiou a criação de um órgão semelhante ao Comitê Especial contra o Apartheid, que teve papel central no fim da segregação racial na África do Sul.Segundo o presidente, assegurar o direito de autodeterminação da Palestina é "um ato de justiça" e uma condição essencial para restituir a força do multilateralismo e recuperar "o sentido coletivo de humanidade".