O suicídio é reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um dos maiores desafios de saúde pública da atualidade. Todos os anos, mais de 700 mil pessoas tiram a própria vida em todo o mundo. No Brasil, somente em 2023, o Sistema Único de Saúde (SUS) registrou 11.502 internações por lesões autoprovocadas, segundo a Associação Brasileira de Medicina de Emergência (Abramede), uma média de 31 casos por dia.

Em Alagoas, o tema também preocupa. O estado teve o maior aumento percentual de 2022 para 2023, um salto de 89% nas internações por lesões autoprovocadas. Em números absolutos, os casos passaram de 18 para 34 no período.

Para Fabiana Bituu, supervisora do Serviço de Psicologia Hospitalar do Hospital da Cidade, romper o silêncio e estimular o diálogo são passos fundamentais para salvar vidas.

“O suicídio é um grave problema de saúde pública. Falar sobre isso é falar sobre vida. É chamar a atenção para a necessidade de políticas públicas, tratar o tema com seriedade e empatia, estimular a escuta e quebrar estigmas. Essa mobilização é essencial”, destaca a especialista.

Além do atendimento psicológico convencional, voltado tanto a pacientes internados quanto aos familiares que os acompanham, o Hospital da Cidade está realizando, durante todo o mês de setembro, ações de sensibilização em alusão ao Setembro Amarelo, reforçando o compromisso de ampliar a rede de cuidado e promover a conscientização sobre a importância da saúde mental.

De acordo com profissionais da área, o suicídio pode ser prevenido. Sinais como mudanças bruscas de comportamento, isolamento social, falas sobre desesperança ou falta de propósito na vida merecem atenção imediata da família, amigos e rede de saúde.

Veja onde buscar ajuda

CAPS e Unidades Básicas de Saúde

UPA 24 horas, SAMU 192, pronto-socorros e hospitais

Centro de Valorização da Vida (CVV) – Telefone 188 (24 horas, ligação gratuita) ou pelo site www.cvv.org.br