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Pesquisadores encontram mão impressa há 4 mil anos em artefato egípcio raro (FOTOS)

Pesquisadores britânicos encontraram uma rara marca de mão em um artefato egípcio de 4.000 anos. Impressa na base de uma "casa de almas", a marca revela um elo direto com o ceramista antigo.
Pesquisadores britânicos identificaram uma rara marca de mão em um artefato egípcio de 4.000 anos, segundo anúncio do Museu Fitzwilliam, em Cambridge. O achado ocorreu durante a preparação para uma nova exposição, quando conservadores analisavam uma "casa de almas", uma bandeja de barro em formato de edifício usada em tumbas egípcias para oferendas.
A peça, datada entre 2.055 e 1.650 a.C., revelou uma impressão completa de mão na base, considerada inédita pela curadora e egiptóloga Helen Strudwick. De acordo com o Science Alert, a especialista explicou que a marca foi deixada pelo ceramista responsável pela peça antes do barro secar e ser queimado. Para Strudwick, encontrar esse vestígio humano é algo emocionalmente impactante, pois estabelece uma conexão direta com o criador do objeto.

Strudwick destacou que a impressão permite ver claramente os dedos e a base da palma, sendo um registro raro da presença humana na manufatura de artefatos antigos. O artefato estará em exibição na mostra Made in Ancient Egypt (feito no Egito Antigo), com estreia marcada para 3 de outubro, que celebra os criadores de obras egípcias, como esculturas, cerâmicas e joias.
A exposição ressalta a importância de compreender os processos de fabricação dos objetos antigos como forma de preservação adequada. Desde 2014, o museu vem investigando como esses artefatos foram feitos, embora ainda haja muitas lacunas sobre os ceramistas que atuavam no Egito Antigo, geralmente considerados de baixo status social.

A curadora observou que não se pode determinar a identidade do autor da marca pela impressão, que é de tamanho reduzido. Isso levanta a hipótese de que possa ter sido feita por um jovem ou aprendiz da oficina. Embora pouco valorizados na época, os ceramistas deixaram vestígios importantes que revelam aspectos humanos de seu cotidiano.
Strudwick comentou ainda que a história desses artesãos tem sido negligenciada, mas novas técnicas de pesquisa estão permitindo reconstituir como viviam, trabalhavam e desejavam ser lembrados. A mostra contará ainda com um importante empréstimo de peças do Museu do Louvre, o mais relevante empréstimo do tipo ao Reino Unido em quase duas décadas.
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