Técnicas da SMS e agentes de saúde debateram questões importantes da adolescência. Foto: Ascom SMS

Com a proposta de colocar a parte prática do atendimento ao adolescente na Atenção Primária em debate, a partir da discussão de casos e do compartilhamento de experiências exitosas, a Coordenação do Programa de Atenção Integral à Saúde do Adolescente da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) promoveu, nesta quinta-feira (1º), uma roda de conversa com agentes comunitários de saúde do Município.

“Debates como esse fazem parte da nossa prática de trabalho e são importantes para ampliar as estratégias das equipes do Município, especialmente, no entendimento das questões próprias dessa fase da vida, com tantas mudanças, onde são necessários apoio e as intervenções adequadas”, afirma a assistente social e técnica do Programa, Cássia Carvalho.

A atividade, direcionada à abordagem da gravidez na adolescência e da saúde mental na população de 10 a 19 anos, teve início com a técnica da Coordenação-geral de Atenção Primária, Aracy Silvestre, que apresentou o perfil do atendimento a esse público-alvo nesses dois aspectos.

No aspecto da gravidez na adolescência, o dado obtido com o atendimento nas unidades municipais de saúde, de novembro de 2021 a outubro de 2022, chegou ao significativo número de 4.453 casos.

Já no levantamento referente à saúde mental, o contexto social desta parcela da população refletiu num total de 8.902 atendimentos, sendo 60% deles (5.361) relacionados a transtornos como ansiedade, estresse, depressão, fobias comportamentais, irritabilidade e suicídio.

“Precisamos trabalhar com os adolescentes procurando entender seu universo e levando em consideração os fatores que os afetam, como os conflitos familiares ou a pressão para se integrarem e serem aceitos por determinados grupos. E somar a isso as parcerias com instituições e iniciativas que os integrem em atividades que levem a seu crescimento pessoal e/ou profissional”, destaca Aracy.

Reforçando o direcionamento para o aspecto da saúde mental, a psicóloga do Programa de Saúde do Adolescente da SMS, Marcele Apratto, estimulou os debates da roda de conversa com o relato de situações reais vivenciadas por equipes de unidades de saúde, incentivando a troca de experiências no grupo.

“Com a apresentação dessas experiências pudemos compartilhar formas mais adequadas de abordagem com os adolescentes e discutir ainda como dar a melhor orientação aos pais, para que eles também saibam como agir diante de situações como essas, visando reduzir os conflitos e outras consequências”, ressalta a psicóloga.