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Como funciona o comércio exterior e quais as vantagens ele traz para sua empresa?

29/11/2022
Como funciona o comércio exterior e quais as vantagens ele traz para sua empresa?

As oportunidades de crescimento com a exportação de produtos de empresas brasileiras são inúmeras, mas nem sempre são colocadas de maneira clara para o empresariado. Esse tipo de operação não somente é benéfico para o desenvolvimento socioeconômico do país, obtendo vantagens também para a marca de quem vende.

Uma das principais vantagens do comércio exterior é a possibilidade de importar mercadorias não existentes no país. Isso garante um diferencial competitivo para as empresas que comercializam produtos fora do Brasil. Ainda assim, a qualidade precisa ser reconhecida mundialmente e possuir valores mais atrativos.

Enquanto para a nação isso simboliza desenvolvimento e estabilidade, para a empresa pode significar o fortalecimento da marca. Afinal, a expansão das vendas resulta em maior abrangência e reconhecimento no mercado, o que consequentemente contribui para o aumento da carteira de clientes.

Segundo o especialista em vendas no comércio exterior, Luizandré Barreto, os selos de certificações internacionais também são conquistas que agregam valores ao produto e a marca em qualquer lugar do mundo. “A empresa começa a adquirir uma abrangência de escala comercial, passando a ter um valor mais agregado para a comercialização no mercado interno, já que a marca está conquistando mercados internacionais”, contextualiza.

Entre os diversos ganhos que o comércio exterior traz para o país, pode-se destacar a possibilidade de não deixar as finanças empresariais se afetarem pela sazonalidade, grande chance de expansão pela diversificação de mercados, acesso a novas tecnologias e ferramentas mercadológicas e otimização da qualidade dos produtos e serviços.

Porém, o que desestimula o empresariado é justamente a burocracia que o processo exige. A grande dificuldade dentro da exportação é encontrar um comprador no mercado externo que a empresa brasileira tenha certeza que executará um trabalho de venda local, ou seja, trabalhar a venda no país de destino.

Ainda assim, o processo de exportação é muito menos burocrático que o de importação, sendo necessário escolher um nome para a empresa e acervo digitais como fotos de qualidade do produto, vídeos institucionais da empresa e de como o produto pode ser consumido, montado ou utilizado, e em línguas como o inglês e espanhol.

O especialista Luizandré Barreto ressalta que é importante escolher o tipo de metodologia para fazer o trâmite de vendas internacionais, assim como obter ajuda de empresas especializadas nesse tipo de transação. “Como são operações distintas e bem diferentes a serem aplicadas, isso dificulta toda a ação de mercado a ser adotada. Por isso deve-se escolher uma empresa que entenda dos trâmites do processo operacional da exportação propriamente dita e da etapa comercial mais simples, prática e rápida de se começar a comercializar no país de destino”, explica.

O processo de exportação em si também é muito abrangente, dependendo de escolhas como a transação comercial a ser adotada ou como a mercadoria será enviada, algo que perpassa a metodologia aplicada.

Uma confusão muito comum para os iniciantes no processo de exportação é achar que aqueles que vendem no comércio exterior lucram mais porque vendem em dólar. “Isso só vai acontecer se a empresa abrir uma companhia no país de destino, pois especular cambio para comercializar com o mercado externo, não se recomenda nem para a importação e nem para a exportação. A empresa brasileira pode estar comercializando o seu produto para fora do país pela moeda brasileira e não necessariamente em dólar. Mas é possível dizer que tributariamente é mais simples enxergar o lucro nas exportações”, destaca Luizandré Barreto.