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Escolas privadas buscam novas formas de gestão educacional durante a pandemia
No contexto da educação brasileira atual, os gestores das unidades de ensino precisam estar atentos às novas demandas que a escola enfrenta neste momento de temor diante da pandemia do novo Coronavírus (Covid-19). Em relação aos desafios que serão encarados pelos empreendedores e todos os atores da educação, em prol da melhoria dos processos da aprendizagem, reestruturar o modelo de negócio e reinventar o modo de fazer do ensino estão entre as prioridades.
Segundo a analista do Sebrae Alagoas, Pauline Reis, as escolas devem achar uma solução frente à crise do novo coronavírus, especialmente os estabelecimentos de ensino particulares. “Em vista disso, o Sebrae está orientando os empresários para alavancar o fluxo de caixa, oferecendo consultoria de marketing e modelos de receita. O momento também exige um aprofundamento na área de inovação. O que temos agora é um novo ‘normal’, e todas as empresas passarão por ele”. Ela enfatiza a importância de os estabelecimentos fazerem o diagnóstico dos seus modelos de negócios, para ajudar na definição de estratégias de atuação enquanto durar a pandemia.
“A escola tem um perfil diferencial e o aluno é o cliente. É nesse sentido que devemos reprogramar as atividades do programa Empreender, além de buscar a gestão de soluções, como o acesso ao crédito para os empresários do segmento da educação”, pontua a coordenadora do Programa Empreender da Associação Comercial de Maceió, Cléa Carvalho.
A partir da implantação dos decretos municipais e estaduais que suspenderam as aulas presenciais, ainda no mês de março, as escolas precisaram também reorganizar o calendário escolar. Diante desse cenário, a medida provisória 934/2020 estabelece, em caráter emergencial, que os alunos não terão que cumprir os 200 dias previstos no ano letivo, mas deverão ter 800 horas de aula definidas em lei. “Apesar da publicação da Medida Provisória, as escolas devem aguardar a normativa que será produzida pelo Conselho Estadual de Educação de Alagoas. No entanto, nada impede que os gestores façam um planejamento prévio do cronograma das atividades pedagógicas”, diz a diretora da Anctec – Cursos Técnicos & Formação Continuada, Andréa Alves.
“Neste momento, devemos continuar com as atividades remotas de ensino e aprendizagem dos alunos. Vale lembrar que as escolas têm autonomia de organizar essas atividades, mas sem esquecer das resoluções, como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), os pareceres orientativos e resoluções”, alerta a Andréa Alves.
Ainda ao que se refere às atividades pedagógicas não presenciais, é necessário criar modalidades de ensino. “Enquanto educadores e gestores, nós precisamos reorganizar o processo pedagógico. E para isso podemos utilizar ferramentas digitais, material didático impresso com orientações pedagógicas, além de orientar as leituras, projetos, pesquisas, atividades e exercícios indicados nos materiais didáticos”, sugere a diretora.
Para Andréa Alves, a tarefa do gestor frente ao novo espaço de aprendizagem é complexa e também deve levar em consideração todos os atores que formam o ambiente escolar. “A gente tem que pensar na comunidade escolar, na exaustão dos educadores, já que eles estão trabalhando durante todo esse processo de mudança. O fato é: quando voltarem às aulas presenciais, nós teremos uma nova escola”, conclui.
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