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Aversão ao risco com novos sinais de desaceleração global sustenta alta do dólar
O dólar era negociado em alta frente o real na manhã desta sexta-feira, 14, acompanhando a valorização no exterior decorrente de um movimento de aversão ao risco global. Na quinta-feira, 13, após dois dias de queda, a moeda americana já havia subido.
Lá fora, múltiplas incertezas favorecem a continuidade da demanda por ativos considerados mais seguros, como Treasuries, Bund alemão, dólar e iene em detrimento da queda firme das bolsas europeias e futuros de Nova York, após o declínio também dos índices de ações na Ásia.
Indicadores de atividade divulgados nesta sexta-feira trouxeram mais sinais de arrefecimento na China e zona do euro, reforçando temores sobre a desaceleração do crescimento da economia global. Além disso, a primeira-ministra britânica, Theresa May, não conseguiu persuadir autoridades da União Europeia a renegociar o acordo do Brexit e continua o impasse sobre o déficit orçamentário da Itália para o ano fiscal de 2019.
Já nos EUA, o risco político voltou ao radar na quinta-feira, quando o presidente Donald Trump negou envolvimento em crimes cometidos por seu ex-advogado Michael Cohen, durante entrevista à rede de TV americana Fox News.
No radar dos investidores estão ainda os números da produção industrial e vendas no varejo em novembro nos Estados Unidos, que serão divulgados no fim da manhã.
Mais cedo, o dólar reduziu os ganhos sobre o rublo russo, mas continuava em alta após o banco central da Rússia elevar a sua taxa básica de juros de 7,50% para 7,75% nesta manhã de sexta-feira. A instituição apresentou como justificativa um esforço para conter pressões inflacionárias no país.
No Brasil, a queda de 1,23% do IGP-10 em dezembro ante novembro (-0,16%) reflete também um baixo consumo das famílias decorrente da atividade econômica fraca no País. Trata-se do menor resultado da série histórica do indicador da FGV.
Outro indicador que reforça essa percepção é o volume de serviços, que teve avanço de apenas 0,1% em outubro ante setembro, na série com ajuste sazonal, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Serviços do IBGE. O resultado ficou abaixo da mediana positiva esperada (0,17%).
A taxa acumulada pelo volume de serviços prestados no ano ficou negativa em 0,2%, enquanto o volume acumulado em 12 meses registrou perda também de 0,2%.
Às 9h41 desta sexta, o dólar à vista subia 0,53%, a R$ 3,9044. O dólar futuro de janeiro estava em alta de 0,32% no mesmo horário, a R$ 3,9055.
Autor: Silvana Rocha
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