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Dólar cai 1% com bom humor do mercado com eleições e exterior mais ameno
O dólar operou em queda durante toda a segunda-feira, 15, em uma mescla de bom humor do mercado em relação às eleições e ajudado por um ambiente externo menos agitado do que na semana passada, com a moeda americana caindo perante as principais moedas globais. Após ter tocado os R$ 3,71 no meio da tarde, o dólar fechou com um recuo de 1,01% frente ao real, aos R$ 3,7383.
O mercado operou na expectativa de que a pesquisa Ibope/Estado/TV Globo, que será divulgada na noite desta segunda-feira, traga um avanço do candidato Jair Bolsonaro (PSL) sobre o petista Fernando Haddad. A expectativa foi alimentada por sondagens encomendadas por instituições financeiras divulgadas nesta segunda e que trouxeram um aumento da margem de vantagem do candidato do PSL sobre Haddad.
Ao longo do processo eleitoral, o mercado se aproximou de Bolsonaro por acreditar que o capitão reformado tem um viés mais reformista que o do candidato petista. Tanto que, após o primeiro turno, que trouxe o nome do PSL na frente, os ativos brasileiros tiveram dias de euforia.
“A perspectiva de que o candidato Bolsonaro amplie a vantagem que tem sobre o Haddad deu um ânimo ao mercado. E o lado externo sossegado deu o tom para essa queda”, aponta o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo. Para ele, nem mesmo a suavização do discurso liberal do candidato, que minimizou suas intenções privatizantes e admite possibilidade de ampliar os benefícios do Bolsa Família, com a inclusão de um 13º pagamento no ano, são suficientes para diminuir a animação do mercado com Bolsonaro.
Lá fora, um cenário mais calmo que na semana passada, que foi marcada por uma forte aversão ao risco, levou o dólar a operar em queda comedida em relação à maior parte dos emergentes. A moeda americana tinha recuo em relação à lira turca, ao rublo russo e ao peso chileno. E operava estável em relação ao peso mexicano e à moeda argentina. A moeda tinha queda de 0,14% também em relação à uma cesta de moedas fortes.
Também contribuiu para o enfraquecimento da divisa americana dados de vendas no varejo abaixo do previsto. Ao contrário do esperado – uma alta de 0,7% -, as vendas no varejo americano avançaram 0,1% em setembro ante agosto. Com isso, diminui a especulação de que dados mais fortes da economia americana (como os divulgados na semana passada) possam forçar o Federal Reserve (banco central dos EUA) a acelerar o aumento nos juros daquele país.
Autor: Barbara Nascimento
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