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Arqueólogos descobrem jovem da Idade do Cobre que sobreviveu a ataque de leão nos Bálcãs

Sepultura de mais de 6 mil anos revela sobrevivente de ataque de leão na Bulgária, com sinais de cuidado comunitário após ferimentos graves.

Sputinik Brasil 14/12/2025
Arqueólogos descobrem jovem da Idade do Cobre que sobreviveu a ataque de leão nos Bálcãs
Arqueólogos encontram sepultura de jovem atacado por leão há 6 mil anos na Bulgária. - Foto: © Foto / Arqueologia para Vestfália/C. Bariszlovich

Arqueólogos no leste da Bulgária identificaram os restos de um jovem da Idade do Cobre que sobreviveu a um ataque brutal de leão há mais de 6.000 anos. O caso, detalhado pela revista Archaeology News, revela que o jovem foi cuidado por sua comunidade após o incidente.

O esqueleto, encontrado em uma sepultura do quinto milênio a.C., pertencia a um jovem alto, com altura estimada entre 171 e 177 cm. Ele foi enterrado agachado de lado, sem objetos funerários, em uma cova mais profunda que o padrão local.

A descoberta na necrópole na Bulgária.
A descoberta na necrópole na Bulgária.
"Exames forenses e arqueozoológicos detalhados descartaram o uso de armas, violência interpessoal ou trepanação. O tamanho, a forma, a profundidade e o espaçamento das feridas correspondem aos dentes de um leão (Panthera leo), animal que habitava os Bálcãs durante a Idade do Cobre", destaca o artigo.

Predadores menores, como linces ou leopardos, foram descartados por características anatômicas e por ausência de registros regionais.

O esqueleto apresenta traumas severos, incluindo perfurações e esmagamentos no crânio, que expuseram o cérebro, além de danos em membros e músculos.

Um fragmento ósseo fundido dentro do crânio indica um ferimento grave na cabeça, porém não fatal.

Os restos mortais mostram sinais de múltiplas mordidas, inclusive uma grave na cabeça, mas também evidências de cicatrização, sugerindo que o jovem sobreviveu por vários meses após o ataque, embora tenha ficado gravemente incapacitado.

Caixa craniana reconstruída, Bulgária.
Caixa craniana reconstruída, Bulgária.

A sobrevivência prolongada do jovem sugere que ele recebeu cuidados e apoio de sua comunidade durante a recuperação.

Segundo a publicação, a ausência de objetos funerários e a profundidade incomum do túmulo podem indicar uma atitude social ambígua em relação ao jovem após sua morte.