Esportes
Sabalenka afirma que não é justo mulheres enfrentarem atletas trans no tênis
A número um do mundo defende que atletas trans têm vantagem física e questiona regras atuais da WTA.
A tenista número um do mundo, Aryna Sabalenka, se manifestou sobre a participação de atletas transgêneros no esporte feminino, afirmando que considera injusto para as mulheres enfrentarem "homens biológicos" no tênis profissional.
Atualmente, a Política de Participação de Gênero do WTA Tour permite que mulheres transgênero participem das competições desde que declarem seu gênero como feminino por, no mínimo, quatro anos, mantenham níveis reduzidos de testosterona e concordem com os procedimentos de teste.
Essas condições podem ser alteradas pelo Gerente Médico da WTA, avaliando caso a caso.
Questionada sobre o tema em entrevista ao jornalista Piers Morgan, divulgada na terça-feira (9), Sabalenka, quatro vezes campeã de Grand Slam, declarou: "Essa é uma pergunta complicada. Não tenho nada contra."
"Mas sinto que eles ainda têm uma grande vantagem sobre as mulheres e acho que não é justo para as mulheres enfrentarem basicamente homens biológicos", acrescentou a atleta bielorrussa, que participou do programa para promover seu confronto "batalha dos sexos" contra Nick Kyrgios, marcado para 28 de dezembro.
"Não é justo. A mulher vem trabalhando a vida inteira para chegar ao seu limite e depois tem que enfrentar um homem, que é biologicamente muito mais forte, então, para mim, não concordo com esse tipo de coisa no esporte", concluiu Sabalenka.
A WTA não respondeu imediatamente ao pedido de comentário enviado por e-mail.
O ex-finalista de Wimbledon, Nick Kyrgios, concordou com Sabalenka: "Acho que ela acertou em cheio".
Não há registros de jogadores transgêneros competindo no tênis profissional nos últimos anos.
A tenista transgênero Renée Richards competiu no circuito profissional feminino entre 1977 e 1981, antes de se tornar treinadora da renomada tenista e ativista Martina Navratilova.
Navratilova, 18 vezes campeã de Grand Slam em simples, tem sido uma crítica aberta da inclusão de atletas transgêneros no esporte feminino.
Por outro lado, Billie Jean King, 12 vezes campeã de Grand Slam em simples e vencedora da "batalha dos sexos" original em 1973, considera a exclusão de atletas transgêneros como uma forma de discriminação.
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