Uma nova estação científica russo-brasileira foi inaugurada no extremo norte do Tocantins, na confluência dos rios Araguaia e Tocantins, para monitorar mudanças climáticas em uma das regiões menos estudadas da Amazônia.

O projeto, resultado da parceria entre a Universidade Estatal de Tyumen (TSU), da Rússia, e a Universidade Federal do Norte do Tocantins (UFNT), foi apresentado durante a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), realizada em Belém na semana passada.

Denominada 'sítio-espelho' de carbono, a estação irá estudar o solo, a biodiversidade e os fluxos de gases de efeito estufa, contribuindo para o desenvolvimento de protocolos internacionais unificados de monitoramento e verificação de dados climáticos.

O local escolhido é considerado único por estar em uma zona de transição entre o cerrado e a floresta amazônica, uma área ainda pouco pesquisada, de acordo com os cientistas envolvidos.

A estação do Tocantins passa a integrar a rede internacional Polígono do Carbono, composta por 19 pontos de observação climática distribuídos em diferentes regiões do planeta.

Entre as pesquisas previstas estão comparativos entre os ecótonos Cerrado-Amazônia e a Sibéria Ocidental, medições do balanço de gases de efeito estufa, avaliações da biodiversidade terrestre e aquática, além de iniciativas voltadas à bioeconomia e à saúde única em comunidades indígenas.

Por Sputnik Brasil