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Rover da NASA encontra rocha incomum em Marte que pode ter origem interestelar

Descoberta do Perseverance sugere que objeto pode ter vindo de fora do Sistema Solar e oferece pistas sobre a história do Planeta Vermelho

Com informações de Sputnik Brasil 21/11/2025
Rover da NASA encontra rocha incomum em Marte que pode ter origem interestelar
Foto: CC BY-SA 2.0 / Flickr / VMC The Mars Webcam /

O rover Perseverance, da NASA, identificou uma rocha incomum em Marte cuja composição sugere que ela pode não ter se originado no planeta. A informação foi divulgada pela agência espacial norte-americana em publicação recente.

Explorando a superfície marciana há cinco anos, o Perseverance encontrou o objeto na região de Vernodden, localizada dentro da cratera Jezero, que possui 45 quilômetros de diâmetro.

Batizada de Phippsaksla, a rocha mede cerca de 80 centímetros de largura e se destacou pela aparência esculpida e elevada, bastante diferente das rochas baixas, planas e fragmentadas que predominam na área, segundo destacou a NASA.

Análises feitas com a SuperCam do rover revelaram altos níveis de ferro e níquel, uma combinação característica de meteoritos metálicos do tipo ferro-níquel. Conforme o site Science Alert, esse tipo de material costuma se formar no núcleo de asteroides massivos, processo que ocorreu nos primórdios do Sistema Solar, quando minerais pesados se consolidaram em rochas aquecidas.

A composição diferenciada indica que a rocha provavelmente não se formou em Marte, mas teria chegado ao planeta após a queda de um meteorito em um passado remoto.

Embora outros meteoritos ferro-níquel já tenham sido identificados em Marte — como o Cacao, observado em 2023 — esta é a primeira vez que o Perseverance encontra um exemplar desse tipo.

A NASA ressalta que serão necessários novos exames para confirmar se o objeto é realmente um meteorito. Caso seja comprovada sua origem interestelar, a rocha poderá fornecer informações valiosas sobre a história de Marte, segundo os cientistas.

A descoberta se soma a outros achados recentes do Perseverance. Em 2023, o rover encontrou rochas com padrões de pontos que podem representar algumas das evidências mais promissoras até agora da existência de vida no Planeta Vermelho.