Realizado no último fim de semana, em Interlagos, o Grande Prêmio de São Paulo de Fórmula 1 consolidou-se como um dos principais eventos do calendário paulistano. De acordo com levantamento da FGV (Fundação Getúlio Vargas), baseado em dados da Secretaria Municipal de Turismo e do Observatório do Turismo da SPTuris, o impacto econômico total do evento atingiu R$ 2,3 bilhões, representando um crescimento de quase 10% em relação ao ano anterior.

Com público recorde de 303.627 espectadores, o GP envolveu a atuação de 23,7 mil profissionais e contou com investimento aproximado de R$ 500 milhões por parte da Prefeitura. A movimentação gerada pela 21ª etapa da temporada resultou em R$ 324,4 milhões em tributos federais, estaduais e municipais — um aumento de 9,6% sobre 2023.

Os números econômicos refletem também mudanças no perfil do público presente no autódromo. Cerca de 75% dos fãs vieram de fora da capital, sendo 40% de outros estados, 17% do exterior e 18% do interior e da região metropolitana. O evento também registrou maior participação feminina, com mulheres representando 36,1% dos torcedores.

Quanto à faixa etária, a maioria da audiência está entre 18 e 29 anos, enquanto apenas 3,4% dos espectadores têm mais de 60 anos. Essa renovação do público evidencia o êxito das estratégias da Liberty Media para atrair jovens ao automobilismo.

Nesta edição, o autódromo de Interlagos recebeu o grau máximo de reconhecimento ambiental da FIA (Federação Internacional de Automobilismo): a Certificação Ambiental de 3 Estrelas, a mais alta concedida pela entidade. O feito coloca São Paulo em destaque nas discussões sobre sustentabilidade em grandes eventos esportivos.

Para o próximo ano, a expectativa é de público ainda maior, já que 94,8% dos espectadores manifestaram intenção de retornar. Em 2026, o GP de São Paulo está agendado para os dias 6, 7 e 8 de novembro. A venda geral de ingressos para a próxima temporada começa na segunda-feira, dia 17, pelo site oficial da Eventim.