Esportes
Ramón Díaz afirma que 'futebol é para homens, não para meninas' após gol anulado do Internacional
Técnico do Inter volta a ser alvo de críticas por comentário machista após empate com o Bahia no Beira-Rio; treinador já havia se envolvido em polêmica semelhante em 2024
O técnico Ramón Díaz, do Internacional, voltou a ser alvo de críticas neste sábado (33ª rodada do Campeonato Brasileiro), após fazer uma declaração considerada machista durante entrevista coletiva no estádio Beira-Rio, em Porto Alegre.
Irritado com a anulação de um gol de sua equipe, Díaz questionou a atuação da arbitragem e utilizou uma expressão ofensiva ao comentar o episódio: "Tenhamos muito cuidado, que o clube tenha muito cuidado com os árbitros. Com o que aconteceu hoje. E já passou uma partida em que Romero fez o gol e também o anularam. Isso temos que ter muito cuidado. Eu vou falar com o presidente. Não pode ser que, em um clube tão importante, que passe isso, o que aconteceu hoje. Porque foi incrível. O futebol é para homens, não é para meninas, é para homens", declarou o treinador argentino.
O lance polêmico ocorreu quando o árbitro Lucas Paulo Torezin validou em campo o gol de Carbonero, mas posteriormente o anulou após recomendação do VAR, que identificou uma falta na origem da jogada. Nas redes sociais, o Internacional também divulgou nota oficial criticando a atuação do árbitro de vídeo. Com o empate por 2 a 2 diante do Bahia, o Colorado ocupa a 15ª posição na tabela, quatro pontos acima do Santos, primeiro time na zona de rebaixamento.
A fala de Ramón Díaz reacendeu debates e críticas ao treinador, que já havia protagonizado polêmica semelhante em 2024, quando comandava o Vasco. Na ocasião, após reclamar da arbitragem em jogo contra o Grêmio, Díaz demonstrou incômodo pelo fato de uma mulher estar à frente do VAR — a árbitra de vídeo era Daiane Muniz.
"Na última partida, em casa, uma senhora, uma mulher, interpretou um pênalti de outra maneira. O futebol é diferente. Principalmente de que o VAR seja decidido por uma mulher", afirmou à época.
Minutos depois daquela entrevista, o técnico procurou a imprensa para tentar se retratar, alegando má interpretação de suas palavras: "Interpretou-se mal a minha declaração. Quero pedir desculpas. Me pareceu que o que eu quis dizer é que uma só pessoa não pode tomar uma decisão tão importante como é a participação do VAR no futebol. Se foi mal interpretado, peço desculpa, mas não é minha intenção", justificou.
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