Em todas as quatro convocações sob o comando de Carlo Ancelotti, um nome segue ausente: Neymar. O atacante, que recentemente se recuperou de uma lesão, permanece fora dos planos do treinador italiano e não veste a camisa da seleção brasileira há mais de dois anos.

Neymar ficou 48 dias afastado dos gramados por conta de uma lesão no músculo reto femoral da coxa direita. O retorno aconteceu no último domingo, quando defendeu o Santos por 23 minutos no empate em 1 a 1 diante do Fortaleza.

O camisa 10 voltou a ser tema na coletiva de Ancelotti após a divulgação da lista para os amistosos contra Senegal e Tunísia. Desta vez, o técnico foi direto ao comentar a ausência do maior artilheiro da seleção na história, segundo a Fifa.

"Não falei novamente com o Neymar. Vamos ver quando ele puder recuperar e jogar de novo", resumiu Ancelotti.

Sem citar o nome do jogador, o treinador reforçou seus critérios para a próxima Copa do Mundo: "Não vou chamar um jogador que não tem intensidade para todo o Mundial. Precisamos de jogadores no nível top fisicamente", afirmou.

Ancelotti tem reiterado que Neymar não precisa de testes, mas estabeleceu uma condição clara para levá-lo ao Mundial: "Um jogador talentoso também precisa estar em forma. Ele precisa estar 100%, não 80%".

Das quatro convocações, Neymar só esteve indisponível em uma. Nas outras três, a ausência foi por opção do técnico, que deixou claro: o camisa 10 precisa apresentar sua melhor forma física para voltar à seleção.

O treinador também ressaltou que as ausências não significam o corte definitivo de Neymar da lista dos 26 jogadores que disputarão a Copa do Mundo no Canadá, Estados Unidos e México.

Neymar retornou ao Santos no início do ano e chegou a engatar uma sequência de seis partidas como titular em agosto, atuando os 90 minutos. No entanto, assim como ocorreu durante sua passagem pela Arábia Saudita, voltou a sofrer com lesões. Ao todo, foram 22 jogos pelo Santos, 17 deles como titular, com seis gols marcados e três assistências.