Esportes
Paquetá é advertido por não colaborar em investigação sobre manipulação de resultados
Comissão independente da Federação Inglesa de Futebol considerou atenuantes para aplicar punição branda ao meio-campista do West Ham, absolvido das acusações principais em julho
Lucas Paquetá, meio-campista do West Ham, foi repreendido e advertido nesta sexta-feira por uma Comissão Reguladora independente da Federação Inglesa de Futebol (FA). A decisão ocorre após o jogador ser considerado culpado de não colaborar com a investigação sobre suposta manipulação de resultados, mesmo tendo sido absolvido das acusações principais no início deste ano.
Durante a apuração, Paquetá, seguindo orientação de seus advogados, respondeu "sem comentários" a diversas perguntas feitas pela entidade. Entre as possíveis penalidades estavam multa e suspensão, mas a comissão optou pela punição mais branda ao considerar fatores atenuantes. Entre eles, destacou que a FA "aparentemente não estava interessada no que o jogador tinha a dizer na segunda entrevista".
O colegiado também levou em conta o impacto negativo das acusações na vida do atleta, incluindo prejuízos à sua saúde mental, o provável fracasso de uma transferência para o Manchester City e os custos com honorários advocatícios.
Paquetá foi absolvido da acusação de manipulação de resultados em julho, após uma comissão considerar improcedentes as alegações da FA, que sustentava que o jogador teria recebido cartões amarelos propositalmente em quatro partidas, entre 2022 e 2023, para influenciar apostas esportivas.
Um relatório de 314 páginas, divulgado no mês passado, detalha como conversas em um salão de beleza no Rio de Janeiro, pertencente à mãe de Paquetá, teriam levado a uma série de apostas. A FA alegou que 542 apostas foram realizadas por 253 apostadores diferentes, sendo que pelo menos 27 delas poderiam estar relacionadas ao atleta.
Em sua justificativa, a comissão ressaltou que os dados de apostas não eram "ilusórios de uma manipulação de resultados" e que, "em muitos aspectos, eram inconsistentes com manipulação, mas compatíveis com outras explicações".
Para o grupo, a hipótese mais plausível para os padrões de apostas seria a "transmissão aleatória de 'dicas quentes' ou supostas 'informações privilegiadas' no Brasil".
"Simplesmente não faz sentido que um indivíduo bem remunerado, conhecido por sua generosidade e aparentemente sem interesse em apostas, ofereça a familiares ou amigos uma vantagem sobre as casas de apostas por valores relativamente modestos", concluiu a comissão.
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