Esportes

Brasil e Itália miram quebrar recordes nas Olimpíadas de 2026

Azzurra visa a 19 medalhas; sul-americanos querem pódio inédito

Redação ANSA 29/10/2025
Brasil e Itália miram quebrar recordes nas Olimpíadas de 2026
- Foto: ANSA

Faltando 100 dias para o início dos Jogos Olímpicos de Inverno de Milão e Cortina d'Ampezzo, na Itália, as delegações do Brasil e da Azzurra miram fazer história no megaevento esportivo.

As expectativas das duas nações estão altíssimas. Pelo lado dos anfitriões, o presidente do Comitê Olímpico Italiano (Coni), Luciano Buonfiglio, quer aproveitar o fator casa para alcançar ao menos 19 medalhas e tentar quebrar o recorde de 20 pódios obtido na edição de Lillehammer, em 1994.

A entidade garantiu que oferecerá aos atletas a mesma premiação em dinheiro dos Jogos Olímpicos de Verão de Paris, em 2024: 180 mil euros (R$ 1,1 milhão) para os campeões, 90 mil (R$ 560 mil) para os medalhistas de prata e 60 mil (R$ 373 mil) para os de bronze.

Em contrapartida, as esperanças de medalhas da Itália foram abaladas pelas lesões de alguns de seus principais atletas dos esportes de inverno, como as esquiadoras alpinas Marta Bassino e Federica Brignone.

Pelo lado brasileiro, a 10ª participação do país nas Olimpíadas de Inverno pode render medalhas históricas, especialmente com Lucas Braathen no esqui alpino, Nicole Silveira no skeleton e Pat Burgener no snowboard.

O Brasil também tem grandes chances de estabelecer um novo recorde de participantes, já que mais de 20 atletas possuem reais possibilidades de classificação. Atualmente, a maior delegação verde-amarela foi a de Sochi 2014, na Rússia, com 13 competidores.

Atleta do bobsled, o brasileiro Davidson Souza, o "Boka", afirmou em entrevista à ANSA que o país "está bem preparado e confiante" para alcançar os "níveis mais altos" em Milão e Cortina d'Ampezzo. Ele também celebrou o lançamento da primeira Casa Brasil em uma edição dos Jogos de Inverno.

"A Casa Brasil está linda. Terá uma energia e uma vibe extremamente alegre e tipicamente brasileira. Acho importante termos, pela primeira vez, a Casa Brasil nos Jogos de Inverno, principalmente pela conexão que poderá ser criada com nossa torcida no coração da Itália", declarou.

Outro que elogiou a preparação brasileira foi o baiano Edson Bindilatti, lenda do bobsled nacional, que participará pela sexta vez das Olimpíadas de Inverno.

"As expectativas são as melhores e estamos na melhor fase do nosso time. Temos um material competitivo e uma expertise maior. Estamos ansiosos com a chegada da temporada e acreditamos que podemos alcançar um resultado muito expressivo", disse o atleta em entrevista à ANSA.